Osíris (PRT)
Osíris (PRT) &
Osíris (PRT)
Osíris (PRT)
Osíris (PRT) & & & Vinil (PRT)
Osíris (PRT) & Metamorfiko
Osíris (PRT) & SPLINTER (PRT)
Osíris (PRT) & Xksitu
Osíris (PRT)
Osíris (PRT)
Osíris (PRT) & Mass & TILT
Osíris (PRT)
[Intro: Osíris, Xksitu]
Ye Osíris man
A História De Um Poeta Nunca Lido
[Verso 1: Xksitu]
E é assim que eu contribuo para continuar a expressar esta voz duro
Contribuo para quem quiser ser o meu chauffeur futuro
Será que existirá premonição começa em casa
Onde é que tu vais? Vejo a apatia da crise
Tirar o sorriso aos meus pais, a sério a gente não fala
A idade traz a bengala, a dor e o mau humor
Que me afasta de quem já não me embala
Ninguém te entende e tudo contra ti se virou
E o olho do ass desse gente foi o único que te encarou
Sou Xksitu e começa logo aí
Quando a boca não solta uma só palavra
Culpa acaba no teu QI
A caneta desliza concretiza num só canto
Com ela uma luz que incide em mim e me elucidou bastante
Sou filho dum bastardo e esperas que não me altere
Se com isto ganhei zero
Enquanto atinas o canto afinas. Falas em multidões e pinas
O que é que isso na tua vida interfere
A fazer caminhos pa' quem quiser ou souber
Conseguir o que quer
Seguir a linha como um operário da REFER
E eu sou calmo e sou pacato
Restrito no meu recato
Renegado o meu contrato contigo permanece intacto
[Verso 2: Osíris]
Enclausurado num quarto desde que me senti farto
De carregar o fardo de ser eu a planear o meu fado
O puto estranho e parvo que nunca mostra empenho
Agarrado à maconha porque falha o [?]
Tenho medo das consequências
Ninguém há de ler o que escrevo
E só não estou sozinho porque tenho um demónio cá dentro
Afasto-me das pessoas, não me atrevo
Porque no que toco entrevo. Este tik-tak é denso
E eu percebo que não dure para sempre
Então durmo tenso, rejeito-me a mim próprio
Procuro não estar sóbrio para apaziguar o ódio
Longe da multidão porque não ambiciono o pódio
E quanto mais tento ser, menos sou eu próprio
No fundo é o caminho que escolhes que define aquilo que és
Eu já escolhi o meu só me falta não trocar os pés
Evito a lágrima e ainda acho que sou uma máquina de aço
Perante a lâmina relaxo e máxima dá-se
Desaperto o laço com o exterior, fortaleço o meu interior
Imperador da dor que eu próprio vi criar-se
Separado do núcleo de amor dum modo arrebatador
Os meus valores são um muro impossível de derrubar
Não me revejo em ninguém e isso afasta-me do mundo
Mas no fundo é nele que me infundo pa' m'tornar facundo
E mesmo dele sendo oriundo coloquei-me de lado
Desde que me separei do cordão que me tornei renegado
[Verso 3: Xksitu]
Tamos em contacto me'mo que eu pouco tenha para acrescentar
Consegues me acalmar [?] o olhar que me atura
Cura quem não a procura é porque a saúde aind'ó segura
Esta vida sem querer
Fase imatura, deu para ver
Vi-me chegar à altura em que tinha de amadurecer
Tu fazes som sem projeto
Letra no joelho sem afeto
Ainda não criaste um filho e já 'tás a pensar ter um neto
Eu tenho música na bagagem meto os fones no quarto
Sei que vivo, não paro, trajeto num mundo à parte
Tomou o propósito de chegar, entregar-te
O meu silêncio em forma de arte
Um renegado
[Bridge]
Enquanto eu escrevia o meu poema tu dizias
Que se calhar mais valia a pena tar quieto
Mas eu continuem sempre a escrever os meus poemas
Até chegar ao dia de hoje
E hoje horas, meses, semanas
Cenas passaram e os meus poemas continuam aqui
A linha cresceu, tamos juntos
E vamos continuar assim man O Renegado man foda-se
[Refrão]
Eu só consigo fazer um som amigo
Se me afastar do mundo, ficar só comigo
Num segundo em que eu não veja e não oiça
O que vai no mundo, siga pelo fundo
[Outro]
O Renegado was written by Xksitu & Osíris (PRT).