Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ó meu amigo João
Em que terras te perdeste
Se por nada lá morreste
Meu amigo, meu irmão
De nascença duvidosa / Proíbiram a tua infãncia
Transformaram-te em distãncia / Como braços de alcançar
Foste folha a flutuar / Arrastada p'la corrente
E o teu sangue foi semente / Dos cifrões doutro lugar
Gostavas de ouvir cantar / As modas da nossa terra
E a verdade que ela encerra / No seu jeito popular
Teu corpo de tudo dar / Corre nas veias do mundo
Imenso, fértil, fecundo / Com força de terra e mar
Ponho em ti o recordar / Na agrura da tua morte
Por sobre o sangue a gritar / Que não foi azar nem sorte
E a força do vento norte / Levou teu grito na mão
Meu amigo, meu irmão / Quem forçou a tua sorte