O Amanhã

[Verso 1]
Chegou a altura, da noite escura da minha alma
Sofri tormentos, perdi a fé, perdi a calma
A bruxa deixou-me em transe por momentos
Passaram horas, dias, perdi a noção do tempo
Perdido no bairro, agarrado à rotina
No meu quarto fechado a fumar bases de cocaína
A vida passa ao lado, sem visão, sem direção
Tudo parece desolado
Tomei o chá da erva do diabo
O [?] demónio envenenado
Senti no corpo o demónio semeado em corrupção
No parapente da ruína
Porque é na escuridão que a sementе germina, nasci de novo

[Refrão: Expeão & Maze]
Eu consigo ver o amanhã, sim еu consigo
Eu vejo o amanhã, vejo o brilho
Eu consigo ver o amanhã, sim, meu amigo
Eu vejo o amanhã, vejo o trilho
Eu consigo ver o amanhã, de corpo são e mente sã
Eu vejo o amanhã, vejo o caminho
Eu consigo ver o amanhã, mais positivo, mais criativo

[Verso 2: Expeão]
Eu tenho que me libertar
Estava preso num sonho com medo de acordar
Li as profecias de Isaías à luz de velas
Olhei o céu
Vi o sol e a lua, e todas as estrelas
Eu não conseguia ver o plano divino
Agora vejo o amanhã
Consigo ver o caminho
Abro a janela, [do dia?] presente
Para ver mais à frente, antecipamos
Nós ativamos o rastilho
Da revolução interior
Uma mudança de dentro para fora
Agora é a hora, todos nascemos para preencher uma falha
Por isso vamos preenchê-la como numa batalha
Tu és divino, eu sou divino
Eu ouvi o cântico
Uns dizem que fui abençoado pelo espírito santo
Visito templos catedrais
Admiro vitrais, quando passo
Passa um nevão, formando espirais

[Refrão: Expeão & Maze]
Eu consigo ver o amanhã, sim eu consigo
Eu vejo o amanhã, vejo o brilho
Eu consigo ver o amanhã, sim, meu amigo
Eu vejo o amanhã, vejo o trilho
Eu consigo ver o amanhã, de corpo são e mente sã
Eu vejo o amanhã, vejo o caminho
Eu consigo ver o amanhã, mais positivo, mais criativo

[Verso 3: Maze]
Escuridão total, sensação de pânico
Vertigens, tou suspenso numa ponte sobre um rio sem margens
Corrompido, sinto-me um anjo caído
Num turbilhão, ensurdecido pelo ruído
Engolido por trevas, perdido
Na floresta, pronto a ser digerido
Na barriga da besta, o fragmento deslocado
Retirado do todo
Servo do [?] enterrado no lodo
Abandonado, lançado num poço sem fundo
Com serpentes em volta no pescoço moribundo
Em auto flagelo, iludido
Zangado com o mundo, zangado comigo
Sou o meu próprio inimigo

[Refrão: Expeão & Maze]
Eu consigo ver o amanhã, sim eu consigo
Eu vejo o amanhã, vejo o brilho
Eu consigo ver o amanhã, sim, meu amigo
Eu vejo o amanhã, vejo o trilho
Eu consigo ver o amanhã, de corpo são e mente sã
Eu vejo o amanhã, vejo o caminho
Eu consigo ver o amanhã, mais positivo, mais criativo

[Verso 4: Maze]
Observo este unicórnio urbano em elevação
Em missão a espalhar a positiva vibração
Ontem estava perdido, sombrio
Sozinho, hoje com o meu amigo, derramo luz no caminho
Somos peregrinos de espírito
Divino, lírico
Iluminados pelo milagre da vida, empírico
Estava escuro mas as nuvens negras dissiparam-se
O sol brilha
Os problemas eclipsaram-se
Renasço das cinzas, respiro leveza das brisas
Elevo-me, ofereço-te a energia que precisas
Guerreiro valente, trago atrás um batalhão de gente
Mais consciente que sonha com um amanhã diferente
Eu assumo o compromisso, vou viver o meu propósito
Eu juro, que serei melhor pessoa no futuro
Tou pronto a dar a vida por aqueles que amo
Preparado para concretizar o grande plano

[Refrão: Expeão & Maze]
Eu consigo ver o amanhã, sim eu consigo
Eu vejo o amanhã, vejo o brilho
Eu consigo ver o amanhã, sim, meu amigo
Eu vejo o amanhã, vejo o trilho
Eu consigo ver o amanhã, de corpo são e mente sã
Eu vejo o amanhã, vejo o caminho
Eu consigo ver o amanhã, mais positivo, mais criativo