Eugénio De Andrade
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Eugénio De Andrade
Eugénio De Andrade
Eugénio De Andrade
Eugénio De Andrade
Pela noite adiante, com a morte na algibeira,
cada homem procura um rio para dormir,
e com os pés na lua ou num grão de areia
enrola-se no sono que lhe quer fugir.
Cada sonho morre às mãos doutro sonho.
Dez réis de amor foram gastos a esperar.
O céu que nos promete um anjo bêbado
é um colchão sujo num quinto andar.
Nocturno de Lisboa was written by Eugénio De Andrade.