Eugénio de Andrade, pseudónimo de José Fontinhas, foi um poeta português nascido no Fundão em 1923. Aos dez anos mudou-se para a cidade de Lisboa, devido à separação dos seus pais.

Escreveu os seus primeiros poemas com apenas 13 anos, recebendo o favor de António Botto, que o incentiva a publicar o seu primeiro livro de poesia, Narciso, em 1940, ainda sob o seu verdadeiro nome.

Em 1943 muda-se para Coimbra, onde cumpre o serviço militar obrigatório, chegando a travar amizade com Miguel Torga. Em 1947 torna-se funcionário público, exercendo as funções de Inspector Administrativo do Ministério da Saúde. Em 1950, uma transferência de serviço leva-o a instalar-se no Porto, cidade que já não abandonaria.

No dia 8 de Julho de 1982 foi feito Grande-Oficial da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico (GOSE) e em 4 de Fevereiro de 1989 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito (GCM).

Embora recipiente de inúmeros elogios e de um enorme prestígio nacional e internacional, Eugénio de Andrade sempre viveu de forma recatada, rejeitando muitas vezes a vida pública. As poucas aparições que fazia deviam-se, segundo o próprio, “a essa debilidade do coração que é a amizade”.

Veio a falecer a 13 de Junho de 2005, no Porto, após uma doença neurológica prolongada.