Jorge Palma
Jorge Palma
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Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Não é que o medo a impeça de ser quem é
Só não sabe lá muito bem como é que há de ser
Não é que ela não aprecie aquilo que tem
Mas dá muito mais atenção ao que pode ter
Não é que o silêncio a aflija mais do que o sol
Em qualquer dos casos ela acaba por se esconder
Não é que ela viva do sonho de ter alguém
Mas tem uma esperança guardada de ser feliz
Não é que ela não acredite em ser mulher
Mas se alguém a quer e a seduz ela não diz
E então ela troca as palavras e fecha a luz
E pensa outra vez que o amor lhe escapou por um triz
E ela vai e vem
Vai e vem
Deixa no banco tudo o que tem
Ela vai e vem
Vai e vem
Nos bastidores não vê ninguém
Não é que ela esteja encalhada junto ao farol
Mas tem uma vela pintada por outra mão
Não é que o vento a amachuque mais do que o sol
Porque o vento é sempre mais fraco que a solidão
Como as certezas são mais caras que as opiniões
E quando ela olha para o leme não há capitão
E ela vai e vem
Vai e vem
Deixa no banco tudo o que tem
Ela vai e vem
Vai e vem
Nos bastidores não vê ninguém