Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Eu fui um lobo malvado
Entrei na casa da avózinha
Instalei-me na caminha
Contigo a meu lado
Depois mostrei-te a cozinha
Fiz-te passar um mau bocado
Com medo de ficar sózinho
Quis fazer de ti o meu capuchinho
Ainda não manejei nenhuma arma
Que não desse ricochete
E a cicatriz sobrevive sempre
À mais perfeita ligadura
Mas quando quiseres
És bem vinda ao meu castelo
Que talvez por ser velho e enrugado
Não precisa de pintura
És bem vinda, amor
Se ainda te apetecer
Tal aventura
Cheguei com falinhas mansas
Quis mostrar-te quem não era
Armei-me em herói de quimera
Todo brilhante
Mais tarde soltei a fera
Mostrei-te o meu corno penetrante
Com ele espetei contigo na rua
Mas antes fiz questão de te deixar nua
Ainda não manejei nenhuma arma
Que não desse ricochete
E a cicatriz sobrevive sempre
À mais perfeita ligadura
Mas quando quiseres
És bem vinda ao meu castelo
Que talvez por ser velho e enrugado
Não precisa de pintura
És bem vinda, amor
Se ainda te apetecer
Tal aventura