Minha City

[Fonseca]
Eu contínuo assim tóxico sou whisky sem gelo
Para rappers da moda gin tónico deixa-los
Todos confusos continuamos no escuro
A brilhar com luzes
A brincar com putos que dizem donos fingem promos
Acabam todos ao abandono, com o som do traumatismo craniano
Já tou a ficar passado como alcoolismo craniano
A agressividade já se nota
E se alguém quer falar comigo que passe vodka
Nem tou com temperamento para menos
A ti pago-te whisky cola e dou-te o guito para mentos
Tipo que são pastilhas, torturo-te a tua frente mato-te as filhas
Nem que tenhas terminado
Só pra ficar com a certeza que o gene foi exterminado
Tou determinado a acabar com a raça
Corpo pendurado até ganhar traça
Dizem que preciso de ajuda
Penso mais, não te metas na luta assim convenço reais
Deixo-te sufocado não tens ar de artista
E eu tou-me a cagar tou-te a calar na pista
Burro do caralho não te calas
Essas palas que tens nos olhos tão-te a tapar a vista
Tu pensa antes
Como é que tas a espera que o teu rap convença manos
Não vale a pena isso nem compensa danos
Vou ter o mesmo pensamento daqui a 70 anos
Não esperes por isso o meu rap rebenta planos
Não tou no gozo todo zonzo mas na linha reta
Sempre a representar a city marinha meca
Marinha meca , marinha meca
Sempre a representar a city marinha meca

[Refrão] x4
Sou Marinha Grande sem preço nem sorte
Sou Marinha Grande do berço até à morte

[Jota]
Yo
Mano eu conheço a minha city como a palma da mão
Estradas são linhas da sina, testadas
Postas à prova com linhas em cima da lupa
Só para ver ampliado tudo o que a cidade ensina
Tudo educacionado, puta som na escola safoda a reprovação
O ditado diz que é para os pardais
Ideias de um típico aluno medíocre com capacidade para mais
É, nunca falto à escola, mas não me aguento nas aulas
Nem corredores, canetas ou corretores
Nem blocos muito menos nas aulas
Antes saltava o muro de trás só para ir fuma-las, imaturo
Hoje mais crescido nem passo cartão
Acendo o charro nas calmas
Ironicamente sou o aluno mais assíduo
Saio sempre antes do toque e nunca faço as malas
Escrevo mais letras do que cábulas
O prof não dava bom adversário
Escrevo mais letras do que cabe nas páginas de um caderno
Sem falar apontamentos ou abecedário, sabe-se dádiva do puto
Não é dom é escrita, herdou na esquina
Mas errou na mesquita, a cuspir no meio da merda
A matar cada mosquita nada me paralisa ou acerta
Sou eu o mais pequeno parasita

[Refrão] x4
Sou Marinha Grande sem preço nem sorte
Sou Marinha Grande do berço até à morte