Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Liguei o meu nome à pimenta
Por ela morria em serviço
Não me queixo nem de nada me arrependo
Fiz escolha de embarcadiço
No começo só batalhas e ofensas
Me faziam passar mal
Mas depois com as cargas e as doenças
Fui perdendo o moral
Vi que o mundo era um mistério
Maior do que tinha imaginado
Não sabia que um império
Era trabalho tão arriscado
E assim vivi de mãos ao leme
Um destino desmesurado
Nem dois quintais do vosso melhor mel
Me emplacam na língua esse travo tão salgado
Aqui lavo este auto da pimenta
A tinta de sangue assinado
Tantos de nós fomos pasto dos cardumes
Só p'ra que tudo ficasse mais temperado
Sei que é só letra e só papel
Àgua com sal morrendo no passado
Nem dois quintais do vosso melhor mel
Me emplacam na língua esse travo tão salgado
Pela pimenta no anho
Por uma jarra da China
Pela galinha em caril
Pela cor do pau-Brasil
Valeu a pena
Ser homem ao leme
Ser homem ao leme
Ser homem ao leme