Lei das Ruas

[Verso 1: Zé Bolinho]
Com meus pés descalços, traçando meu percurso
Em curso, curto minha excursão
Muros, grades, dígitos, ação na babylon
Questão de omissão
E tempo pouco me alucina
A molecada tá no movimento ou na esquina
Neblina, cortina da madrugada
Alguns conhecem um pouco, muitos nem conhecem nada
Parada errada, Bocada tropeço
Com a cara rachada pelo teu próprio preço
Compreende, que é assim quem se vende
A carne sente a dor, e a censura veta a mente
Que se quebra, cê me entende
Sabe como acaba a história, geralmente
Cai quem sai, da trajetória não sobra nem pra memória
E é o fim da sua história

[Refrão 2x]
A estrada é perigosa, sinistra, estreita
Tu pensa que é o tal, mas a vida te peita
Te espreita, o jogo vira num segundo
É que as ruas tem suas próprias leis pelo mundo

[Verso 2: Iky Castilho]
Tu ainda não se deu conta
Que não dura quem apronta
Tu perde o dedo se apronta
Perde a lingua se conta
Aqui é cada um por si, e toda sorte conta
Vacilou, vai ser cobrado
Se tu se emociona, é melhor esperar do lado
Pra não ir à lona
Humildade e disciplina, a verdade que domina
Lamento local, se tomba te atropela
São raros os que se desesperam
São apenas negócio, não é nada pessoal
É tudo uma questão de sobrevivenciar
De malandragem, inteligência
Habilidade, e paciência
Saber o tom, e a cadência
Na rua, o primordial, é manter a mente fria
Na real, não importa o final
Só proceder no dia-a-dia

[Refrão 2x]
A estrada é perigosa, sinistra, estreita
Tu pensa que é o tal, mas a vida te peita
Te espreita, o jogo vira num segundo
É que as ruas tem suas próprias leis pelo mundo