Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Ana Moura
Canto o fado pela noite dentro, ele trabalha todo o dia fora
Corre tão veloz o tempo e chega apressada a hora
Ele suspira, sonolento: ó meu amor não vás embora
Feho os olhos pela noite fora, ele dorme pela noite dentro
De manhã não se demora, veste um casaco e sai correndo
E ouve a minha voz que implora: ó meu amor fica mais tempo
Eu hei-de inventar um fado, um fado novo
Um fado que me embale a voz e me adormeça a cantar
Eu hei-de ir nesse fado ao teu sonho
No meu sonho, e por fim sós, nele havemos de acordar
Vou sonhando pelo dia fora, ele trabalha pelo dia dentro
Não sei o que faz agora, mas ele talvez nese momento
Entre por aquela porta: ó meu amor fica mais tempo
Canto o fado pela noite dentro, ele trabalha todo o dia fora
Já o sinto nos meus dedos como um eterno agora
Será esse o nosso tempo: ó meu amor não vás embora