Guardião de mim

[Verso 1: Daniel ADR]
Vagando nesse mundo, vários pássaros sem asa
Coração faixa de gaza
Sem rumo e sem razão
Vida equação, no peito o que se passa
Se a comida já é suja, pra que lavar a mão?
Mestre Belchior, meu medo é bem pior
Que um dia eu também seja como o meu pai
As vozes que eu escuto na cabeça dão um nó
Teu inimigo é você, tu mesmo que te trai
As rosas que eu te trago são compradas
Porque as que eu mirei, roubaram na minha frente
Toda vez que ouço passos na escada
Quero acreditar que é só coisa da minha mente
E se eu fugir do caos, tenho dois caminhos
A paz interna, sendo sábio como Gauss
Mas se escolher seguir nessa sozinho
Será o fim da estrada sem poder voltar atrás

[Refrão: Cachalote & Daniel ADR]
Sou guardião da minha história na terra
O que será de mim se eu não acreditar
Nessa cidade quente meu peito berra
Pedindo pro vento que um dia possa eu voar
Sou guardião da minha história na terra
O que será de mim se eu não acreditar
Nessa cidade quente meu peito berra
Pedindo pro vento que um dia possa eu voar

[Verso 2: Denys Costa]
Pulei o muro, me limitar jamais vão conseguir
Sem medo do escuro, nessa terra eu prossegui
Eu tava aqui pensando, tentando escrever esse som
Num duelo emocionante entre o tédio e o dom
Confesso que o mundo me assusta
Mas minha vontade não ofusca
Avisa lá que eu continuo na busca
Já vi lugares, habitei olhares, me perdi em bares
Já troquei de ares, naveguei em mares
Já me liguei que é isso que eu irei levar
Pois tudo que se compra, um dia a morte vai levar
Se eu trabalhar posso rodar o mundo
Mas se eu acreditar, posso mudar o mundo
Peço um segundo, vou raptar a sua atenção
E no meu mundo, um rap pra aliviar a tensão
Lá no começo eu já tinha meus meios
Coragem, receios, certos devaneios
Até que a vida veio
Me disse que eu a levava muito a sério
Então eu relaxei e participo sendo um mistério

[Refrão: Cachalote & Daniel ADR]
Sou guardião da minha história na terra
O que será de mim se eu não acreditar
Nessa cidade quente meu peito berra
Pedindo pro vento que um dia possa eu voar
Sou guardião da minha história na terra
O que será de mim se eu não acreditar
Nessa cidade quente meu peito berra
Pedindo pro vento que um dia possa eu voar

[Verso 3: Alysson WA]
Saber que pouco eu sei, hoje muito me motiva
Não quero ser seu rei, nem a monarquia viva
A anarquia viva, reconstruí meu ego
Viver imerso em briga, desculpa mas eu nego
Quero paz na quebrada e também na minha cabeça
Minha fita no rap é parte do quebra-cabeça
Espero sim, que o melhor sempre aconteça
Mas não posso falhar deixando que o fruto apodreça
Faz a roda girar
Somos moinho e motivo
Original rapPA
Novo status: ativo
Reconstrução pessoal é a meta a seguir
Restauração natural, pra algo novo surgir
Pique virus chinês, chega num pra pra três
Era moderna exige o dobro da minha lucidez