Fica Bem

[Letra de "Fica Bem"]

[Verso 1]
Mantenho a cabeça solta, mas na garganta um nó
Como se a piedade e o dó fossem a minha escolta
Não 'tás em falta, eu é que em baixo perdi a consciência mais alta
Tudo por ti, mas tu fica forte
E aguenta-me esse vento do norte
Isto não é a morte, e não é que eu não me importe
Mas hoje vai ser assim, não há meio termo
Eu ando meio enfermo, caído na esperança em mim
Caprichosa, sim, a tristeza gélida
Porque nela a fé lida com sua mágoa
E assim, largo-a
Doce tentação de vivеr a vida preso à idealização

[Refrão]
Meu brothеr, stay strong
My sister, stay strong
Stay strong, stay strong
Meu brother, stay strong
My sister, stay strong
Meu brother, stay strong
My sister, stay strong
Stay strong, stay strong
Meu brother, stay strong
My sister, stay strong
Meu brother, stay strong
My sister, stay strong
Stay strong, stay strong

[Verso 2]
Com medo do inesperado, eu escrevo-te este recado
À pressa e mal-amanhado, mas que une os nossos mundos
Sim, gosto de fundos, 'tão no topo da minha lista
Eu sei que perdi a vista nos teus olhos profundos
Vejo que és tocada por músicos sem ouvido
E sem inspiração, maldita maldição
Por eles te peço perdão, por eles eu choro por ti
Olhos embaciados são sinal do que não vi (Ri)
E só preso em mim, livremente eu chorei
E quando eu vi a âncora de Antero e logo neguei, e nada pensei
Sobre o que pensei na altura, é dura a caminhada
Destinada à loucura, e então
O corte da fúria eu senti, e num pedaço recortado de mim
Eu lá escrevi que eu esmoreci o apetite eu perdi
E esta foi a última vez que ouvi chamar por ti

[Refrão]
Meu brother, stay strong
My sister, stay strong
Stay strong, stay strong
Meu brother, stay strong
My sister, stay strong
Meu brother, stay strong
My sister, stay strong
Stay strong, stay strong
Meu brother, stay strong
My sister, stay strong
Meu brother, stay strong
My sister, stay strong
Stay strong, stay strong

[Verso 3]
Estéril moralidade, pálido, vi o teu olhar
Julgamentos ferozes e ruidosos
Demasiadas vezes mentirosos
Morderam-nos os pescoços
Esses vampiros do luar
Tu e esse antagonismo, teu irmão catolicismo
Destituídos de ideias de bom senso
Claro que convosco eu sismo
E com o vosso primo capitalismo
Ordinarices que retraem o vernáculo
Pedi por favor ao Antero para me abrir a porta do cenáculo
Mas não cheguei a tempo, nasci depois das grandes mentes
Os verdadeiros poetas, gentes loucas boas gentes
Aí a realidade da vida, esse assunto de temperamento duro
Quanto mais por ti procuro, menos eu vejo uma saída
Mas por agora por cá ando, discreto eu vou estando por aí
A música vai-me embalando nos apontamentos do que eu vivi
E num dia em que o menos tempo, já se tornou nosso vizinho
Chamamos uma boa conversa
E escorregamos, juntos, num bom copo de vinho