A286 & Joyce & MIRO & Erick 12 & Dum-Dum
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A286 & Smith (rapper) & Jota Ariais
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A286 & Eduardo Taddeo
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[Verso 1: Moysés e Ivan]
A esperança está morrendo e você vivendo na ilusão, achando que a grade da mansão vai te livrar do caixão
Que a blindagem do seu carro, vai segurar o tiro e que o cu do seu filho vai tá fora de risco, é isso aí
Desperdiça dá incentivo, pro moleque faminto, meter latrocínio
Vai na Tv, e mostra quanto custa seu perigo e que por tanto por mês, você tá livre de bandido
E como passe de mágica tem corpo no chão, caixão
De mais um irmão que falhou na missão
Vingança, revolta é cortejo pra quem morreu na guerra
E o troféu vai pro porco, soldado que te enterra
Lágrimas de sangue, degraus de cadáver
Ódio pra gambé, que explode seu caráter
Eu vou mostrar pra você como aqui é feita a justiça
Poder encontrar sua filha decaptada fedendo a carniça
[2x Refrão: Moysés e Ivan]
Pra quem vive nesse inferno a esperança já tá morta!
Bum! Morta! Bum! Bum! Morta!
Enquanto houver motivo, vai ter tiro e a sociedade tremendo com sequestro, homicído
[Verso 2: Moysés e Ivan]
Quer saber o que faz, o muleque roubar
Tira o leite de uma criança e vê quanto tempo ela vai ficar
Sem chorar, sem gritar, sem ao menos reclamar
Através de um ato vulgar ou um simples olhar
Não é justificando a ação do ladrão
É que pressão, depressão gera desilusão e caixão
Reflexão é questão de se por, morô?
Aí, sofredor eu represento a sua dor
Troco tiro, corro risco, atender só o inferno
Pra vingar, teu sangue e não te ver no necrotério
Mas até quando vou ter que rimar, até que ponto pode chegar
A ira do inocente, eu tenho que olhar
Sua própria filha, na esquina se vendendo por cinco conto
Pra ver se alivia um terço do seu conforto
Com reflexo do espelho ao se sentir menos homem
Tem que ver sua derrota mas não sua família passando fome
[2x Refrão: Moysés e Ivan]
Pra quem vive nesse inferno a esperança já tá morta!
Bum! Morta! Bum! Bum! Morta!
Enquanto houver motivo, vai ter tiro e a sociedade tremendo com sequestro, homicído
[Verso 3: Moysés e Ivan]
O barraco do tio foi soterrado, questão de segundos
Caralho, tá tudo acabado
40 anos de luta pelo saque, aí, quem vai chorar
Mas se ele se revoltar, vai ter uma pá para julgar
Esperança já era, seu sonho tá condenado
É arriscado morrer de infarto no suicídio revoltado
Só que aqui é Brasil e o sangue do pobre não comove
É ponto pra porra do Ibope, alívio pra classe nobre
A ira, que vira, revira a periferia
É a mesma que tira, a vida da sua família
Fome, miséria, solidão te castiga
Te joga, te isola, te maltrata e te humilha
Alma ferida, pura overdose de revolta
E a porra de um país que não negocia e fecha as portas
Aí tem os bagulho que não dá pra entender
Fórmula 1, carnaval, futebol, toda essa porra, por que?
Guerra é guerra, demoníaca é a causa
Te faz perder a calma, vender a própria alma
Trauma, tontura, mente confusa
Cheia de problemas que te leva a loucura
(Pelo amor de deus, para para)
O caralho, dispara!
E mostra pra sociedade que aqui a justiça é feita a bala
[2x Refrão: Moysés e Ivan]
Pra quem vive nesse inferno a esperança já tá morta!
Bum! Morta! Bum! Bum! Morta!
Enquanto houver motivo, vai ter tiro e a sociedade tremendo com sequestro, homicído