José Afonso
José Afonso
José Afonso
José Afonso
José Afonso
José Afonso
José Afonso
José Afonso
José Afonso
José Afonso
José Afonso
José Afonso
De sal de linguagem feita
Numa verruma que atava
A lingua presa do jeito
A forma de ser escrava
O apito do comboio
Que não dizia de onde era
O sinal, a mordedura
A visita que não vem
O corredor, o tapume
A sala vedada às feras
O frenesim das gibóias
Em guarda, o soldo, a comida
A cozedura do pleito
O cheiro a papel selado
Um cantinho de amargura
Um raio de sol queimado
Junto do bolso do fato
A morte a vida a vitória
Diga lá minha menina
Se acredita nesta história