(Verso 1)
Vinho seco, dama molhada
Tão diplomáticos, somos aptos
Linda, chupa essa **** mesmo
Que amar é um erro, é lamber cacto
Vem fazer nosso caos de abrigo
Ou no mínimo uma parcela
Vem transar no meu home studio
E ver o fim dos tempos pela janela
Linda, kiss me or kill me
Liga a Canon e filme
Fode enquanto me abraça
Nosso abraço é uma farsa
Vem fingir que acredita nisso
Ou brindar nossas distopias
E essas máscaras que usávamos
Antes mesmo da pandemia
Quanto tempo isso aqui perdura?
Quanto tempo essa merda dura?
Somos gozo e colapso
Em um lapso de clausura e cura
Nossos egos atmosféricos
Dеsconhecem o que é rеmorso
Nossos mundos se colidindo
E a gente fode em meio aos destroços
...
(Verso 2)
Vinho do País de Gales...
Brinde a todos esses males
Eu andei por quantos vales
Camas, copos, seda e bares
Fabricando nossos pântanos
Nossos âmagos, nossas quedas e lendas
Tatuando nossos traumas
Roubando almas, mergulhos fundos em fendas
Vem, me odeie, me massacre
Me despreze e arranque o lacre
Se me gusta... Me degusta
Bebe tudo, LocoBagre
Esses são novos versículos
Ciclos e círculos
De quem despreza ventríloquos
Vão se lembrar no epílogo
O mundo é um púlpito
E todo anjo é corrupto
Ei, garota, eu te adoro
E eu odeio a inércia
Tô com lama nos poros
Mas eu vou pra Suécia
Braço esquerdo, blackout sólido
Vida e óbito, estratagema:
Fazer pérolas intocáveis
Eu fiz ouro na quarentena
Canon was written by Oddish.
Canon was produced by Degraus Beats.