A286
A286
A286
A286
A286 & Lauren Priscila
A286 & Lauren Priscila
A286
A286 & Marrom
A286
A286
A286
A286
A286
A286
A286
A286
[Verso 1: Moysés e Reinaldo]
Pode ter certeza, hoje não vai subir coragem e esperança
Liberdade pra nós, mesmo que a base de matança
Vingar os que pela causa já sangraram
Que a má conduta forjaram, e sem razão balearam
Me adaptaram ao medo camuflado de preto e vermelho
De cruz no peito e fé nos armamentos
É desse jeito mesmo, ai questão de tempo e sofrimento
Aqui o dom do amor vai embora cedo
Não queria, porém fazer o que se é necessário
Mais ódio que piedade em guerra, o bom morre frustrado
Doutrina que as dor ensina sem misericórdia
Enterrando parente sem assistência psicológica
É foda, é quente, o medo é inconsciente
Geração de defesa te instiga consequentemente
Hoje o pivete não fez dinheiro não
Oferecendo bala pros passageiros no busão
Espera alguém vir rasgar teu peito por bem material
Para você entender o quanto educação era vital
Onde não há evolução sem conhecimento e arma
Não existe medicamento só sangue ameniza a raiva
A imagem é triste não é assim que a gente vive boyzão?
Entre os becos tentando entender o que é compaixão
Errou quem acreditou que ainda é possível ter paz
Vai me entender com alguém recolhendo seus restos mortais
[Refrão: Reinaldo e Moysés]
Pela tragédia social na versão dos vencidos
A ação covarde do gambé, no morro dando tiro
Nós vai sangrar, nós vai lutar até o fim dos conflitos
A286 Exército dos Excluídos
Ainda não morremos todos...
(Enquanto houver motivo, vai ter tiro)
Ainda não morremos todos...
(Comer seu lixo não é comigo, morô?)
[Verso 2: Reinaldo]
Reconheço a importância dos programas pros pobres
Só que lazer sem emprego é anestesia precoce
Nem tenta, enfia no rabo seu texto decorado
Quer convencer que ONG tá pelos favelados
É subestimar minha sobrevivência no inferno
Uma vida neutralizando rancor em afeto moderno
Não tem o talento descoberto entre grades
PM pintando quadro, esculpindo sabonete
Quantos futuros químicos acabou de Glock e touca
Sobrevivendo em presídio destilando Maria Loca
Comprovando que competência nível multinacional
Não é só pro que não teve escravo como ancestral
Tô pelos que vem com rap na mente decorado
De boné 1 da sul, de lenço e bombojaco
Que essas horas tá pelo rango na mesa
Sem segurança na máquina da empresa
Tenho problema sim, psico alterado
Que descobri que é impossível ser feliz com 5 conto diário
Entre o trampo caseiro adaptado a situação
E o parceiro armado com a planta da mansão
Ontem queimaram busão, mataram polícia
Ignorando os recursos de alta tecnologia
Amanhã a vítima vai ser o governador do estado
Antes de eu ser o Tiradentes morrendo esquartejado
[Refrão: Reinaldo e Moysés]
Pela tragédia social na versão dos vencidos
A ação covarde do gambé, no morro dando tiro
Nós vai sangrar, nós vai lutar até o fim dos conflitos
A286 Exército dos Excluídos
Ainda não morremos todos...
(Enquanto houver motivo, vai ter tiro)
Ainda não morremos todos...
(Comer seu lixo não é comigo, morô?)
[Verso 3: Moysés e Reinaldo]
Agradece ai boyzão por cada um que optou
Pedir esmola no busão, na estação do metrô
Se sujeitou sem pudor no cruzamento
Balança a seta, a bandeira pra venda de apartamento
Mó tiração, mas cê vai ver que nem todos se conformam
Com cobertor no guarda roupa substituindo as portas
Com a vida inalando bosta, beirando córrego
Hospedando parasita pra estudo epidemiológico
''Vai, vai, vai, dá o celular, solta a bolsa, não grita''
É justiça pro que só viu direito em teoria
Perdeu aula na escola em dia de chuva
Com a reforma limitada em nota fiscal sem estrutura
Enquanto pregam mandamento de cristo pro paraíso
Tô investindo em caça, bomba, míssil sonhando com o inimigo
Degolado vivo, exposto em vidro na net
Aprisionado no trigo a urina e fezes
Aqui o ensino fundamental é manusear rifle FAL
Para avaliar QI negociando refém com policial
Pro fim do julgamento o audiovisual eternizado
Sobre regime indisciplina diferenciado
Hoje a manifestação vai ser pacífica
Igual a ação da polícia na periferia
Feito processo déjà vu pressinto os tiros da tática
Mas antes derrubo um helicóptero, te mato carbonizado
[Refrão: Reinaldo e Moysés]
Pela tragédia social na versão dos vencidos
A ação covarde do gambé, no morro dando tiro
Nós vai sangrar, nós vai lutar até o fim dos conflitos
A286 Exército dos Excluídos
Ainda não morremos todos...
(Enquanto houver motivo, vai ter tiro)
Ainda não morremos todos...
(Comer seu lixo não é comigo, morô?)
(Todo mundo pro arrebento quero ver quem segura)
Ainda não morremos todos...
[Saída]
(Se quer guerra terá... quero em dobro)
(Enquanto houver motivo, vai ter tiro)
(Comer seu lixo não é comigo morô)
(Pronto pra atirar... agora é guerra)
(Seu herói pede socorro nessa cena)
(Quando Deus não ajuda a pólvora faz seu papel)
(Se quer guerra, terá!)