Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Jorge Palma
Tocas as flores murchas que alguém te ofereceu
Quando o rio parou de correr e a noite
Foi tão luminosa quanto a mota que falhou
A curva - e o serviço postal não funcionou
No dia seguinte
Procuras ávido aquilo que o mar não devorou
E passas a língua na cola dos selos lambidos
Por assassinos - e a tua mão segurando a faca
Cujo gume possui a fatalidade do sangue contaminado
Dos amantes ocasionais - nada a fazer
Irás sozinho vida dentro
Os braços estendidos como se entrasses na água
O corpo num arco de pedra tenso simulando
A casa
Onde me abrigo do mortal brilho do meio-dia