José Mário Branco
José Mário Branco
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José Mário Branco
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José Mário Branco
José Mário Branco
José Mário Branco
[Letra de "A morte nunca existiu"]
[Estrofe 1]
Tudo o que for vivente tem
Uma queixa que o percorre
E quando um dia a vida morre
A morte morre também
[Estrofe 2]
Essa já não mata ninguém
Onde nasceu se sumiu
Só p'ra esse corpo serviu
Ali fez as contas do Porto
[Refrão 1]
Não vai de um p'ra outro corpo
Porque a morte nunca existiu
[Estrofe 3]
A morte não sai p'rá rua
Nem anda de terra em terra
E quando um dia a vida degenera
A morte, cada um tem na sua
[Estrofe 4]
Essa já não continua
Onde nasceu foi acabada
Depois foi ser enterrada
Com o corpo debaixo de chão
[Refrão 2]
Mesmo nessa ocasião
Foi pela vida gerada
[Estrofe 5]
Onde é que essa morte está?
Onde tem no acampamento
P'ra matar milhares ao mesmo tempo
Uns no estrangeiro, outros cá
[Estrofe 6]
Essa morte não haverá
P'ra que faça tanto corte
'Inda mesmo que seja forte
Que haja isso, eu não acredito
[Refrão 3]
Estragou-se o sangue, perdeu o esp'rito
A vida passou à morte
[Estrofe 7]
Como é que podia ser
Uma morte só ter tanta substância
O mundo tão grande distância
P'ra tanto vivente morrer
[Estrofe 8]
Cada um tem de a sua ter
E pela vida é que é fundada
Qu'ela que anda de estrada em estrada
Ninguém tenha esse abismo
[Refrão 4]
Desde que para o maquinismo
É que fica a morte formada
Desde que para o maquinismo
É que fica a morte formada
A morte nunca existiu was written by José Mário Branco.