Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
Rui Veloso
A zira andava tão estranha
Tão esquiva e fugidia
Ninguém sabia o que ela tinha
Ao tempo que não a via
Aquela alzira, zira
Não veio ao baile no domingo
Nem veio no outro seguinte
Quando voltou vinha diferente
Vinha cheia de requinte
Assim pintada até parecia
A locutora da t.v
Tinha ido à manicura
Fazer pestanas e sobrancelha
Bordar os olhos com pintura
E pôr nas unhas uma horrível cor vermelha
Ó alzira
Que é que fizeste ao olhar
Tinhas um azul-safira, zira
Não era preciso pintar
Rapou as pernas com gilete
E pôs no pé um tacão alto
Dançou caía e não caía
Num completo sobressalto
Aquela alzira, zira
Mas com o suor do baile
A pintura desbotou
A meio dum paso-doble
Ela nem sequer notou
E ficou um olho pintado
E o outro meio borratado
O meno rock fez chalaça
Quando ela tentou a valsa
E a zira não achou graça
Tirou o sapato e foi-se embora assim descalça
Ó zira
Deu-te para armar ao fino
O teu pé assim não gira, zira
Ele pede sapato latino
Ó alzira
Que é que fizeste ao olhar
Tinhas um azul-safira, zira
Não era preciso pintar
Zira was written by Carlos Tê.
Zira was produced by Rui Veloso & Carlos Tê.