Zigoto

[ GÁBE ]

Do fio da navalha, corte falha reduzi o insert
Tanto faz a fala, morte cala, me senti um inseto
Liguei pro zigoto, combinando meu legado porra
Pelado assistindo zorra, tô cansado, não se mete

Reconheço Aslam todo dia com novas histórias
Recomeço, pasmem, eu adoeci não despertado
Conta, conta, conta, quantas delas formam um legado
Eu to tão desesperado ficando com a alma tonta

Tanta exploração ao vivo, eu não lido com essa merda
Ignoro essa merda, mas prego por melhoria
Tais preços não pagaria, eu to me sentindo um prego
Mais um merda, eu não nego, também não conseguiria

Credito consignado, tudo pela economia
Tanto faz a ecologia, só ser requalificado
Eu guardei meu relicário na ponta da pluma
Faço parte dessa turma plana adepto e adaptado

[ Alã ]

Cordas cobram dedos calejados
Andam pelo braço, berço de um esboço
Simples sentimento assim sem preço
Meço essa minha ansia insignicância

Resultados de infância longe do arremesso
Sossego só o que peço
Silêncio aqui omisso
Eustacio me dava medo
Coragem meu compromiso

Não quero ir nessa missa
Da medo daquele moço
Ta manipulando a massa
Que amassa o fundo do poço

Eu não sou fibra que fortifica essa laço
4 tracks no play, religião é Maka e Lessa
Já não tenho mais idade pra tirar cabaço
De cabeça lacrada sem acesso lucro é promessa

[ GANTI ]

Forçando o limite pra provar o que ninguém prova
Nem fazer som pra essas máquina encher o cu de droga
A vida dropa, mente dopa, a cobra assopra, o vapor cobra
Aposta dobra, amarra a corda, no pescoço
Grita acorda que tá osso, condenar essa horda caindo no poço
E nessa obra somos todos mera massa de manobra

No ringue dos espelhos onde a mente sempre apanha
Se ela perde pra si, aqui no jogo quem que ganha
R1 quadrado quero voltar perdi a manha
Preso com Casteneda na realidade estranha

Minha geração fala que amor é uma foda
Pra minha geração o suicídio é nova moda
Encarnam o lenhador que árvore da vida poda
Racionalizando a dor que viver aqui ta foda

É o Samsara a roda e a matéria nem existe
Pscilocina assassina minha sina de ser tão triste
Super homens do destino que enlouqueceram Nietzsche
Pra quem não vê a prisão a liberdade é só um palpite

Fechem as janelas cidadão de bem tá solto
A conduta sempre muda se for na frente dos outro
A maldade dos bons aqui ja vi é assombroso
Engana lendo Rousseau mas praticando Lombroso

Mas nada importa pra quem viu o outro lado
Sentindo desencaixado a hipotenusa num quadrado
Solo arado, varado, amarrado, parado
Separado do todo e no lodo a saudade é mais um fardo