Zekas

[Verso 1: Player]
E o meu bro Zekas antes da reabilitação fez-me uma ligação
E a vida são, 2 dias e ele dizia que não que vivia na obrigação
De me dizer obrigadão que espera
Que eu me supere e que me considera irmão
Ele diz que me adora e que ia p'ra fora
E agora não, vivia mais as borgas e tinha horas de oração
Horas de medicação e de meditação
E que sem o julgar eu fui o único a abraçar e a estender a mão
O único a entender a situação por ser rebelde e a devoção
É ter cautela e acende a vela pelas mazelas que revelam o coração
Hoje preso em celas de betão (sem emoções , onde elas estão )
'Tou velho calvo e com remelas e já fui vencedor
Eu era o alvo delas eu nasci num berço de ouro
Hoje tenho salmonelas eu sinto-me um peixe podre
Já não me ressalvo de balelas e é constrangedor
Sou um engenheiro mecânico desempregado a cometer loucuras
Porque o desânimo de 'tar pragado não me faz ver lacunas
A companheira já só anda a alimentar calúnias
Porque que o money 'ta acabar e já não há amor nem juras
O que eu 'tou a passar é um preço duro, player
As escolhas que fazes elas refletem-se no futuro, player
Eu não a censuro por se afastar vivo no escuro sempre a gastar
Por mais que diga que vou mudar eu já não mudo, player
Eu sabotei a minha vida e estraguei-a
Por isso odeio-me eu não aguentei a pressão
Porque eles mentem na versão, as noitadas
E o álcool são uma teia disfarçadas de diversão
E agarrei-me a sedução, rodeado de teatro
E ilusão ignorei a falsidade na cidade dos interesseiros
Na idade do desejo a solidão, foi que me levou a depressão
E a procurar a felicidade no dinheiro

[Refrão: Hugo Baptista]
Já sei quem eu sou
Posso viver de novo
Onde sou mais um pouco
A história recomeçou
Posso viver de novo
Hoje sou mais um pouco

[Verso 2: Player]
Hoje ele é um exemplo para os aditos com conflitos interiores
Ele ajuda é amigo e não faz juízos de valor
Aqueles que vivem infelizes sejam juízes ou doutores
Quando se sentem depressivos e inferiores
Ele da palestras de incentivo nos alcoólicos anónimos
Procuras refugio dos vícios e sentes ódio de ti próprio
É tão comovente como a vida muda a gente
E a visão é tão diferente quando 'tas sóbrio
Vá em frente e conta a historia não és diferente
De quem te olha cada recta é uma subida nesta idade
A negação é o que te faz ter recaídas cada meta
É uma corrida vai partilha com a irmandade
E cada dia é uma batalha mas ele não quebra as regras
E reza p'ra que ninguém perca a identidade
Voltou a exercer engenharia ele recuperou a família
P'ra ele um dia são apenas mais 24
E achas que já viste tudo? a realidade é tão ingénua
Em terra de cegos a idade não lidera porque
A verdade não impera onde só a maldade prolifera
Hoje com a noção devida vive com ambição a vida
E com a adição vencida ele mantém a dedicação
E conta as historia sempre de cabeça erguida
E cada lição de vida é uma chapada sem mãos
Mas ele não vive sorridente e as vezes ele não se sente pronto
Para a abstinência duma sina que nem uma vidente conta
O Zekas acordou p'ra vida e ele já se vai vendo cota
E só percebeu que estava doente depois do acidente de mota
A vida deu-lhe mais uma oportunidade
E ele evita companhias que só o convidam para os copos
A noite da voltas na cama sem saudades da vida
Que andava a conspirar com a morte
P'ra se sentir em segurança comprou um caçador de sonhos
Sem saber que a insegurança é o maior caçador de sonhos
Tem pesadelos tão reais e tão medonhos
Que acorda a acreditar que tudo não passam de sonhos

[Refrão: Hugo Baptista]
Já sei quem eu sou
Posso viver de novo
Onde sou mais um pouco
A história recomeçou
Posso viver de novo
Hoje sou mais um pouco

Já sei quem eu sou
Posso viver de novo
Onde sou mais um pouco
A história recomeçou
Posso viver de novo
Hoje sou mais um pouco

Já sei quem eu sou
Posso viver de novo
Onde sou mais um pouco
A história recomeçou
Posso viver de novo
Hoje sou mais um pouco

Já sei quem eu sou
Posso viver de novo
Onde sou mais um pouco
A história recomeçou
Posso viver de novo
Hoje sou mais um pouco