Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Arnaldo Antunes
Aqui nessa casa ninguém quer a sua boa educação
Nos dias que tem comida, comemos comida com a mão
E quando a polícia, a doença, a distância ou alguma discussão
Nos separam de um irmão
Sentimos que nunca acaba de caber mais dor no coração
Mas não choramos à toa
Não choramos à toa
Aqui nessa tribo ninguém quer a sua catequização
Falamos a sua língua, mas não entendemos seu sermão
Nós rimos alto, bebemos e falamos palavrão
Mas não sorrimos à toa
Não sorrimos à toa
Volte para o seu lar
Volte para lá
Aqui nesse barco ninguém quer a sua orientação
Não temos perspectiva mas o vento nos da a direção
A vida que vai a deriva é a nossa condução
Mas não seguimos a toa, não seguimos a toa
Volte para o seu lar
Volte para lá