Visão Ampla

[Intro: Skraba]
É sempre ampla visão, andando com precaução
De olho na situação pra não panguar na missão

[Verso 1: Skraba]
É sempre ampla visão, andando com precaução
De olho na situação pra não panguar na missão
Sigo com o pé no chão, mantendo a disciplina
Por que foco, caráter não se compra na esquina
Estocado de rimas, escuta logo essas linhas
Que cê pode agregar conhecimento pra vida
Parâmetro que eu sigo é nivelado por cima
Não é a toa que carrego o nome da firma
Já tô cansado de pensamento limitado
Hipócrita revoltado, o quê houve de errado?
Tem tudo o que precisa, nunca deu o valor
Não sei se foi o fracasso ou a falta de amor
Mas chega de julgar, melhor eu ficar calado
Honro o que falo, no erro: me calo
Ergue o som no talo do começo ao final
SOM 172, rap nacional
Falo da consciência, daquilo que me convém
Os manos exagerando, falando do que não tem
Na manhã seguinte? Choque de realidade
Uns vivem na mentira, na comodidade
Confiança essencial, raro de se encontrar
Os sangue suga, que gruda, querem me detonar
Nem me misturo, e sem dar tiro no escuro
Tô estressado, cansado, precisando de ar puro
Pião na central, pensante na Osório
A vida é bela, triste é ir no velório
Devemos ser gratos por termos potencial
O simples sempre foi o primordial
Diálogo sem acordo gera uma confusão
Não usam o bom senso porque odeiam padrão
Perca de tempo, discussão por ato fútil
Mudaram os entendedores, ignoram o que é útil, tio

[Verso 2: Chamba & João Pazdiora]
Desde o tempo pré histórico, humanidade crítica
Sempre preocupados com a hora da sua cripta
E é tão fácil ficar criticando a distância
Foda mesmo é enxergar a própria ignorância
Está na cara que o cara que encara a responsa
É menos preocupado com vingança e se lança
Cabeça ocupada, e ocupada a própria dança
No cotidiano, e desse ano tem lembranças (avante)
Nunca foi interessante contradição
Sempre foi importante dedicação
Relevante é lutar pelo direito de opinião
Aí sim aprenderá a dizer não, não
Devemos tomar a vida como aprendizado constante
Cale-se se o que quer dizer não tem nada de relevante
Argumento sem fundamento, acaba com a tua razão
Silêncio vira instrumento, prepare-se à invasão

[Verso 3: Casilli]
Planeta Terra não é culpado, é ocupado
Por vilões que o mal tá bem intencionado
No jogo adaptado, pedra, papel, eu vou na tesoura
Assim o sistema marcado perde a força manipuladora
Acorrentado nas ações, direções teleguiado
Deslocam nossas visões com pseudo sensações, aliado
Além dos fatos, viemos ser degraus em labirintos
Embora sejam resquícios, esse é o instinto

[Verso 4: Pete Mcee]
Hoje em dia são mais construções, menos árvores
Mais mármores de luxo, mascaram um monte de lixo
Pixo o muro nesse cárcere privado, eu
Tento encontrar o que procuro, mas permaneço trancado
O ódio ainda, não sobrepõe
Onde tu aceita o amor que o mundo propõe, hã
Minha família tá em casa me esperando pra jantar
Vou de mão dada com meu sonho e a vontade de vi-rar
E a vontade de virar
De virar, de virar, de virar, me virei

[Refrão]
No topo tem um monte, demora pra chegar
Visão do horizonte eu pude enxergar
No topo desse monte não soube aproveitar
Visão do horizonte
Pra ter ampla visão é preciso se virar

Me virei, djow

[Outro: João Pazdiora]
É tanta reclamação, ae, fica o recado
Diz que enxerga, mas olha sempre pro mesmo lado