Vida, um beat sem final

[Verso 1]
Licença pra chegar na fita, dá réc nas track, foi alternativa
Coloquei o meu sangue, vim do Cristiane
A quebrada é sofrida, rua sem saída
Onde o galo canta mais cedo e acorda quem trabalha cedo também
Tem, quem já não dorme há uns dias vendendo o veneno que te faz tão bem
Entre a João Dussim, Rangel Pestana eu me encontro bem-vindo à vila
Não cochila, só cachorro louco churrasco é de gato e a pegada gorila
Decidi me jogar então liguei meus mano e o plano era conhece o mundo
Eu o caxa e o gut no jet não estica o chiclete que é só vagabundo
Mas, não conheci o mundo meu mano, insanas ruas avenidas
Que deixaram minha alma incardida, no fim da ladeira biquera, bebidas
E agora a vida não vale um vintém, o mesmo que te abraça é o mesmo que mata
Carcaça movida sempre a cocaína viva a jogatina, o diabo da as cartas
Joguei desse jogo, meus manos jogaram, e tem quem joga até agora
Não sabe que o fim é sempre a mesma fita: um filho a menos, família que chora
Meu lado obscuro ficou, meus pés para a luz foi meu pai quem guiou
Com tempo lágrimas ficaram pra trás, encontrei a paz, obrigado Senhor
Trap ou boombap não muda a exência de quem bateu bola nos campo de barro
Jogou fliperama nos bote mais sujo, uma dose de cana, apostando cigarro
Procurando trampo, eu e o Vi, com o sol do Saara queimando a cachola
Torrando um do verde eu subi a viela onde o Pelado mora nóis cherando cola
Dei a volta e minha cota e passar a diante o que há de melhor que nos cerca
E o que vi que não é de melhor, também passo a diante pra servir de alerta
Vim falar sobre pedra que tira vida dos irmãos, ilusão pela quebra
Também falo sobre as reunião no bote bem de rua tomando uma gela

[Refrão]
Já são dez anos rimando, meu mano, ainda é pouco perto do que eu quero
Só acordar cedo se me der vontade e botar meus coroa dentro de um castelo
Já são dez anos rimando, meu mano, fechado só com marginal
Rimo em qualquer batida, essa fita é minha vida e a vida é um beat sem final
Já são dez anos rimando, meu mano, ainda é pouco perto do que eu quero
Só acordar cedo se me der vontade e botar meus coroa dentro de um castelo
Já são dez anos rimando, meu mano, fechado só com marginal
Rimo em qualquer batida, essa fita é minha vida e a vida é um beat sem final, porra