[Verso 1]
Acende o set e toco, eu dou a alma ao século e volto
A estruturar o conto, a esculturar no ponto
Ou solto o verso e escolto o imerso em cada estrofe
O combo aquece o lombo a todo o Rap pagode
“onde é que se esconde o Hipno?” ganhei um teleporte
Decifrar o código, chave a abrir o cofre
Habilitei o flow mas não mudei para God
Isto não é Rap Pop, não cabe no quadradinho do teu Laptop
Tenho a paz de um rastafári sem um dreadlock
Tenho a Pasta num safari e não adianta
Confiscarem enquanto houver stock
Do pouco que peço eu dobro, sem best off no pódio
Proponho o verso, mic é cúmplice só rec’a o óbito
Não faço anúncio à matéria onde tudo altera o tópico
E sem prenunciar miséria eu dei artéria ao trópico
Tou imune à dor enquanto na vida der valor
Eu vi na tela a cor do medo em branco
E todo o clima até o sol se pôr
Tás a supor o quê?
A apontar o holofote e a falar o que o locutor não vê
Pois o forte é debitar para alimentar o ego
Mas tu deixa-os falar eu vou dar luz ao Verbo
[Pré-refrão]
Sou do tamanho daquela Luz
Que o Homem não vê quando fica cego
Se não enxergas o peso da tua cruz
És só do tamanho do teu ego
Somos do tamanho de uma Luz
Que o Homem não vê quando fica cego
Se não enxergas o preço de sermos Um
És só do tamanho do teu ego
[Refrão]
Para ser sincero, por enquanto tu só me encontras abaixo do zero
Onde fome não se esgota ninguém interfere
Cada verbo a seu tempo mas eu acelero (mas eu acelero)
[Verso 2]
São quase há dez com o bloco
Eu trago a luz à década e foco
Em esculpir cada obra mas fiz da caneta a minha picareta
Qualquer outra dobra
De qualquer outra fórmula, qual quer outra forma?
(onde) Nada se apresenta e há colocações no spot
Vou deixá-la impressa
E se tocam na gaveta há convulsões no lote (ya ya)
Tu és só um mito logo
Isso não é o olho do Camões tu és um ciclope
Vocês só fazem variações e chamam-lhe Hip-Hop
Por isso é que a todo o Fernandinho eu rapo-lhe o bigode
E se o BPM aumenta brothers gritam stop a meio da tese
No fim do dia eu cavo a cova no seguinte é o meu regresso
Por isso avisa a cada cobra que o veneno já me aquece
Que esse Visa não me paga nem eu desprezo o universo
(Eu) Continuo aqui para te mostrar que (Tu)
Segue o teu caminho ou nunca vais ser mais que (Ele)
Vais dar voltas com tempo e com o tempo vais percebê-lo
Que nem sempre do contra-tempo vem o pesadelo
(Nós) desatamos nós, visionamos o após
Sem cair em dominós e voltar ao Zero
(Vós) Voz eu já a tenho para quem não considere
(Eles) Eles, deixa-os falar eu vou dar Luz ao Verbo
[Pré-refrão]
Sou do tamanho daquela Luz
Que o Homem não vê quando fica cego
Se não enxergas o peso da tua cruz
És só do tamanho do teu ego
Somos do tamanho de uma Luz
Que o Homem não vê quando fica cego
Se não enxergas o preço de sermos Um
És só do tamanho do teu ego
[Refrão]
Para ser sincero, por enquanto tu só me encontras abaixo do zero
Onde fome não se esgota ninguém interfere
Cada verbo a seu tempo mas eu acelero (mas eu acelero)
Para ser sincero, por enquanto tu só me encontras abaixo do zero
Onde fome não se esgota ninguém interfere
Cada verbo a seu tempo mas eu acelero (mas eu acelero)