Vem essa coisa qualquer
Como seta da despedida
Direito ao meu coração
E eu choro e rio sem querer
Nunca de mim tão perdida
Pobre de mim tão sem jeito
E eu choro e rio sem querer
Nunca de mim tão perdida
Pobre de mim tão sem jeito
Que luz é essa que cega
Que desatina, atordoa
Que vem de dentro e me invade
Que me transtorna, se chega
Mas quando parte magoa
Num alívio de saudade
Que me transtorna, se chega
Mas quando parte magoa
Num alívio de saudade
Vem essa coisa tão estranha
Vem num laço que desprende
Uma doçura que amarga
E eu pequenina e tamanha
Num corpo que não se rende
Uma estreiteza tão larga
E eu pequenina e tamanha
Num corpo que não se rende
A uma estreiteza tão larga
Que graça é essa tão séria
Que corroi até ao osso
E me arde de tão fria
Dá-me tudo, até miséria
Vem meu amor que eu não posso
Viver assim mais um dia
Dá-me tudo, até miséria
Vem meu amor que eu não posso
Viver assim mais um dia
Vem was written by Maria do Rosário Pedreira.