Vê por onde vais

[Letra de "Vê por onde vais"]

[Refrão]
Vida é feita de obstáculos
Por isso vê por onde vais
Estrada é estreita e são vocábulos
Que te levantam quando cais
Lisboa cheia de estábulos
Se te injectas já não sais
Quando cais
Já não sais
Por isso vê por onde vais

[Verso 1]
Qualquer caminho é um desvio
E a Tentação é tanta
Que subiste com assobio
Mas viste que és só garganta
O diabo serviu tudo oque viu
Numa garrafa sem tampa
Bebi e a visão ficou ampla
Sampla o que eu te digo
Foi escrito em Alcântara
Mas não pertenço por isso sigo
Não me esqueço de quem está
Comigo ou esteve
Safoda o mapa
Até podia ser da lapa
Só tou vivo quando escrevo

Nem sempre sou sincero
Mas brotha nem tu
Observo atentamente
Cada move de todo o adulto puto
Se eu tolero é porque não curto
Acelero e bato de frente na curva
Mas não me curvo
Porque o
Sábio me afinou o flow
Mano o Flávio tinha o flaver mas o flaver
Não chegou
Falei da escrita e acabou
Quem critica e não fabrica ouvi-o e salivou
Vou ali
Vou e não volto
Descobri desci depois
Subi com escadote mano
Não leio livros leio hip-hop mano
Álcool club, Halloween, Orteum
L ali, Benny b, Uno e Rott mano
Não disse nem metade
Tic tac head shot sem dano
Não tenho sorte
Tenho mentalidade apurada
Drunk core sei de cor
Chapz meteu me na estrada
Dou-te a minha palavra
O Mundo está contaminado
O ser humano é corrupto
E um mano conta ditados
Cão que morde ladra
E eu mastigo a quadra
Em tempos complicados
Contra tempos em loops
A criar frases com os rapazes
Se não sentes não te sentes
Baza
As bases tão acentes no beat
E eu tou em casa
Dica é ice e eu cuspo brasa
O que é que queres que eu faça
Não procuro estatuto
Estudo matéria old school
Anulo aquela atitude de formiga
Que fica a seguir quem critica
Com argumento mais elaborado
Flow é barulhento
Vozes na mente deixam baralhado
Carta que eu escrevi corta placa
Gravata enforca a rotina numa estátua
Nicotina mato-a
Puxo dois bafos fecho os olhas e tou no mato
A contemplar o tempo

[Refrão]
Vida é feita de obstáculos
Por isso vê por onde vais
Estrada é estreita e são vocábulos
Que te levantam quando cais
Lisboa cheia de estábulos
Se te injectas já não sais
Quando cais
Já não sais
Por isso vê por onde vais