Valsa dos Gatilhos

[Refrão]
E a cada passo, me parece que andamos pra trás
E cada laço, me parece cada vez mais frágil
Tantos irmãos nas ruas, presos no próprio alcatraz
Perder o rumo por aqui, tá cada vez mais fácil

[Verso]
As vezes com medo dos problemas
As vezes não entendo os dilemas
As vezes não enxergo as algemas
Não me enquadro em nenhuma das cenas
Já sonhei que vivia poemas
Acordei escrevendo poemas
Em seguida, quebrei as algemas
Já não tenho medo dos problemas
Eu vejo tanta gente que só luta por um troco, ficar no meio do caminho
Eu vejo tanta gente aglomerada, sufoco, multidão de sozinhos
Homens puxam gatilhos, brincando de Deus
Vai e vem da morte é o boomerang
Alterando a jornada dos filhos teus
Até parece que gostam de sangue
Belém não é Miami, foda-se o teu skunk, o drama é real
Glocks e gangs, drugs and money, tudo normal
Enquanto a gente ainda aceita o que é inaceitável
Eles fazem parecer que o sonho é impossível
Mas se a gente descobrisse o quanto é implacável
Já teria executado um plano infalível
Corremos o risco por ser o que somos
Meus manos fazendo trabalhos inconfundíveis
Orgulho daquilo que nós nos tornamos
Não paro até que a gente atinja os mais altos níveis

[Refrão]
A cada passo, me parece que andamos pra trás
E cada laço, me parece cada vez mais frágil
Tantos irmãos nas ruas, presos no próprio alcatraz
Perder o rumo por aqui, tá cada vez mais fácil