É o jogo de aposta
Cuidado com o que planta
Entre o mano e o money
Olha treta da banca
É a vala e quem leva
Quem lava e quem vela
Às custas de alguém, sempre
Um se dá bem o bagulho é a vera
É o instinto selvagem
O desejo e o ensejo
Maquiagem borrada
Igual suas verdades
E quem vem na má fé
O Diabo à paisana
Não se sabe quem é
Não dá pra confiar
Vagabundo ou cana
É o juiz é o réu
É o nego negado
É um Jesus amarrado no poste
Lavando os nossos pecados
No esculacho do mundo
A limpeza encardida
E o peso que mora
No rechaço da vida
E parei nesse bar
Pra ver se me esqueço
No bolso 10 conto, celular e um varejo
Encontrei um amigo, antigo
De trabalho
Antes de reclamar como andam
As coisas evito o contato
E assim vai...
Evitando a vida
Protelando as mazelas
Produzindo mais brigas
Baldeando intrigas
Nessa forma de nos encaixar
Nessa merda onde todos têm
O seu espaço e não sabem se achar
Na rotina diária
Obrigado eu recuso
Pegue meus conselhos
Por que na verdade eu mesmo não uso
E sai na rua
Sem ramo e sem rumo
Trombando quem passa
De tempo fechado
Com raiva de tudo