Vadiagem

[Verso 1: Animal]
Como quem?
Ao compasso de entender
Que tudo e nada andam como cães rafeiros
Uivam pela lua com base que ela desça cá abaixo
E ilumine o estranho
Conhecido aos anos, só vadiei no meio dos danos
Haja cidade mais rica ao canto como a cigarra assobio encanto
Pelas que sinto no manto, vadio e tanto varrio e espanca me
Ao ser das ruas como um simplório
Vou só falando esguio emano brio lógico
Na curva guino óbito, na vida viro Hobbit
Até ao fim da questão
Penso nessa enquanto penso na aproximação

[Refrão]
Vadiagem, andar às voltas forma coragem caráter
Mesmo que faltem forças maiores os instintos agеm
Ainda que digam que somos fracos e quе eles é que sabem
Há um vadio na tua rua à espera que falem

[Verso 2: Amanita]
Encontra me prá lá do sol em espirais sinto só
É pó de estradas estrelas encaminhadas e ainda só
Mira lá morei cá
Dentro do ser é o único lugar mas apetece me sair para viajar
Olha fundo pois também dá
Aprendi no Freekuency com a gaja a gritar, socorro
O interior é longo
Percorro em aguardente e numa volta até à fonte entorno
A carrinha trouxe o mapa para o caminho
Só não sei quem levar comigo
É como voltar a conversa com o reflexo em que me pinto
Insistindo perpetuamente em obter respostas ao que sinto
Não há certezas mas há destinos
Vai lá parar ou perde o comboio
As vezes necessárias para ficares cá
Pois a montanha também chamou
Quando explodiram as vossas bombas lá
Hiroshima é bom pretexto para bazar já
Primeira ida à França vista Rio e central nuclear
É vadiar por onde puder andar
Mas Ana diz que o oceano se torna pequeno ao atravessar, só vai