[Estrofe 1]
Não acredito em demagogia
Respiro o ar que me aquece
Vejo gente mal dormida
Com as mãos à frente
Os discursos habituais
São manta de retalhos
São mais os que se esquecem de quem está do outro lado
[Refrão]
Todos foram embora
Que o Sol não espera
Uns vieram de fora, outros vão para a guerra
[Estrofe 2]
Gosto dos poetas
Que escrevem o que pensam
Sonham acordados, disfarçadamente
Todos querem os abraços
Que lhes foram roubados
Fazem falta as palavras que trazem recados
[Refrão]
Todos foram embora
Que o Sol não espera
Uns vieram de fora, outros vão para a guerra
[Ponte]
Quando os rapazes são deixados à sorte
Carregam armas nas mãos
Marcham cansados, esfomeados e gastos
P'la força da condição
Mandem-nos já para casa
E não lhes digam que não
Rufam tambores, donos do seu regresso
Cantem a mesma canção