Último Suspiro

[Intro]
Nectarnenectarnenectar...

[Verso 1: BK]
Pou-pou, som de tiros lá fora
Vou na rua, vejo um corpo no chão
Adivinha qual a cor?
É, mais um soldado vai embora
Nessa guerra ninguém perguntou se eu queria participar
Certifique se está tudo na mala
Seu sorriso falso, a dose de ódio para suportar o dia
Cada um com sua morfina, cada um dando seu jeito
Continue na mira
Mas não seja abatido (jamais)
É, queria matar e não matei
Disseram que eu ia rodar e não rodei
É que eu ainda tenho algo a perder
E se eu perder é que eu vou botar pra fuder, é
Quem tentar, obterá
Quem tentar e não conseguir, obliterá
Quem quer aparecer, tome cuidado
No futuro pode estar em cartaz:
Desaparecido ou procurado
Bote a peça na cabeça, puxe o gatilho, se sinta apurado, é, é
Eu sigo em frente mesmo estando ferido é, é
Ou seja fraco e se esconda igual rato
Forte ou fraco, ninguém tem a ver com as minhas escolhas
Minha perspectiva, minhas regras
Minhas feras soltas, minha selva
Onde matamos um Rei por dia, todo dia
Que me causa agonia, me sufoca
Seja abatido na tentativa de troca
E a vida ensina, e a gente é obrigado a aprender
A vida em si, na pista te obriga a viver
A vida ensina, em sinas, milhas, minas
Sinos e sinais pra ficar mais sagaz
Deus, continua me testando
Demônio continua me tentando
E, porra!, eu só queria ter um dia normal, é
Sem ter que escolher entre o bem e o mal:
Pra mim os dois são letal
No meio dessa briga eu tento mas não me firmo
Às vezes oscilando entre a porta do paraíso e a beira do abismo
Mas entre o bem e o mal existe um laço forte, um nó
Então me diz quem viverá um lado só
Meu pior inimigo está comigo quando estou só
E o ser humano enlouquece:
Salve-se quem puder
Salve-se quem tem fé!

[Verso 2: Bril]
Epidemia se alastrou, a guerra estourou, tocaram o terror
Peixe morre pela boca, no entanto se engasgou
Cobrança de X-9 no sistema é o terror:
Chute, madeirada e soco e depois ainda vai pra solitária
Desobediência só por fechar na mancada
Atuar, na vacilação, a cobrança é dada
Não adianta pedir perdão
No final do corredor onde fica os problema mais sério do juiz
Bate seu martelo: esperar por justiça? Claro que não!
Prefiro assumir, encarar a detenção
Mas sabendo que a pior prisão tá no coração
Buscando renovação com o intuito de mudar
Mas não dá, a droga da porcaria:
Querendo me chamar, roubar, matar, cheirar
Sua sentença aumenta cada vez mais
Se deixar, o coisa-ruim se faz
No futebol teve discussão
Dois pavilhão, duas facção
O funcionário sem saber, em quem acreditar
O promotor já mandou investigar
É queima de arquivo no setor do Lado A
Sua independência é demoníaca, o mal te contamina
Quem traiu vai pagar, quem morreu não voltará
Única forma absoluta
Olhares perdidos, escritas de rua
Vazias e sujas, cheias inundas, pixadas imundas
Desgraça alheia, derrame e fim de festa
Toca na matina a base que manifesta
Infecção na ferida, o sangue coagula, te entope a narina
Pensamento errado de uma forma suicida
Tudo que ela causa afeta tua auto-estima
Loucos na penumbra de uma forma negativa
Loucos negativos são mais loucos que podiam
Substância proibida mas vendida
A base da coca que multiplica
Uma dose da bebida mais pedida
Nicotina, maconha, cachaça e cocaína
Acumula juventude de uma forma relativa
Tudo que vicia prejudica