Lena D’Água
Lena D’Água
Lena D’Água
Lena D’Água
Lena D’Água
Lena D’Água
Lena D’Água
Lena D’Água
Lena D’Água
Lena D’Água
Lena D’Água
Em cada dia que nasce
Nasce de novo o castigo
A gente faz-se e desfaz-se
P'ra ter comida e abrigo
Do dinheiro (fica o cheiro)
Do futuro (um retrato)
Trabalhar (o dia inteiro)
Com uma pedra (no sapato)
Nascemos já com a sina
De cantar o mesmo fado
De dançar este bolero
Na pista do ordenado
Grão a grão (esta rotina)
Vai enchendo (o meu saco)
Quem me livra (desta sina)
Quem me tira (do buraco)
Trabalhar p'ra ganhar a vida
Porque é que a vida que se ganha
Tem de gastar-se a trabalhar
P'ra ganhar a vida
Trabalhar p'ra ganhar a vida
Porque é que a vida que se ganha
Tem de gastar-se a trabalhar
Vou comprar uma cautela
A ver se a sorte me ajuda
Antes do fim da novela
Talvez me saia a taluda
Entre os sonhos (e o serviço)
Fico presa (deste modo)
Como se fosse (um feitiço)
Que dura o mês (quase todo)
Trabalhar p'ra ganhar a vida
Porque é que a vida que se ganha
Tem de gastar-se a trabalhar
P'ra ganhar a vida
Trabalhar p'ra ganhar a vida
Porque é que a vida que se ganha
Tem de gastar-se a trabalhar
Trabalhar p'ra ganhar a vida
Porque é que a vida que se ganha
Tem de gastar-se a trabalhar
P'ra ganhar a vida
Trabalhar p'ra ganhar a vida
Porque é que a vida que se ganha
Tem de gastar-se a trabalhar
Trabalhar p'ra ganhar a vida
Porque é que a vida que se ganha
Tem de gastar-se a trabalhar
Trabalhar p'ra ganhar a vida
Porque é que a vida que se ganha