Tensão

[Intro: TILT, Uno]
Mekié man, tass' bem?
Ya
'Tão ouvi dizer que já sais de casa...
Ya
[?] equilíbrio
Epa sinto-me a ser perseguido
Não posso fugir mas opto sempre por...

[Verso 1: Uno]
...Uma boa defesa, começo o dia bem
Temperamento do jogo intenso em pleno fairplay
Câmaras em cada ângulo possível
Finjo que sou pedinte enquanto nem o cego vem
Eu já estou por tudo
Com'é que pedem mais de mim se ainda agora vim dar
A este grupo singular onde o apoio é simulado
E está na hora da injeção de cavalo
Os movimentos repetitivos dão te infiltração no ar
Eis a consequência de quem nunca quis mudar
Arma na mão, chibo-me e espero que ele não dispare
Safoda, já conheço a espécie
Estimular o melhor p'o resto vir por decréscimo

[Verso 2: TILT]
Se o ambiente é de cortar à faca é normal que tenha cortes
Mas nem tudo é péssimo caso a prenha aborte, tensão sobe pensam que um membro preso tem sangue no meu veneno
Morde desde nascença a minha cabeça de bode
Cancro marcha (santo [flasha?])
Mutila filho, tira foto e grava vídeo
Relaxa e manda aos sócios pelo convívio
Silêncio é mais tenso do que um grito
(Boy) Teres calma?
É o me'mo que premir o gatilho com "0" escrito numa bala

[Verso 3: Rott]
Cabeça deturpada por imagens satânicas
Deteriorada como cortada por lâminas
Dá-me ideias macabras escritas em sangue
Páginas mando num clima [laminar?] até ser tirano
Cobardes ganham ganham estigma
Assim que me aproximo da situação complico-a
Queres conflito? Nah
Vais sentir mágoa após
[essa tensão cuspido?], boy trago-a na voz

[Refrão]
Nesta atmosfera hostil, se isto acusar
Desconfiança na balança em clima pesado
Sem tensão na intenção, se isto acusar
Desconfiança na balança, clima pesado

[Verso 4: Mass]
Longe da meta, tanto anjo como seres humanos pecam
E esses olhos em cima é claro que pesam
Não negam que a verdade aqui também difere
Enervo-me nesta rede, cada humano com sede
É isto que se segue e o que te segue
Até ao precipício são ossos do ofício
Cair-te em cima o sítio, pressão deste físico
E o que achas tu, diz-me? Faz parte do regime

[Verso 5: Eliot]
O que é que se passa mano? Não tenho nada contra ti
Eu nunca te fiz nada para vires de encontro a mim
Encontra-te, deixa fluir
Que eu não dito nenhum juízo
Vivo o que fiz e sempre fiz com compromisso
Sem pressão e se for preciso eu atiro e sou preciso
'Tou sem paciência pa' conversas
Tanta tensão, porque é que não começas?
Aqui eles enrolam cabeças de erva
Cabeças de rappers rolam pela mesa
Mente tensa, pensamento preso mas não mente
Sente intenso o peso do inconsciente
É o reflexo do teu complexo
'Tás consciente ciente que há algo que transcende a ciência
Tanta ânsia não controlas o que dizes, o que pensas
Há algo que te consome por dentro e nem te lembras

[Verso 6: Benny B]
Ganda moca pela frente e dois bófias atrás de mim
(*Puff*) 'Tá a subir, já seguiram
Faço mais um charro, dou um gole, [tá a seguir?]
É me'mo só devido ao facto
De hoje não ter um papel mas o rolo pa' assumir
Deram a oportunidade pa' mudar o mundo com umas simples rimas que eu perdi...
Como assim!? eu tinha-as, foda-se não me digas
Estão lá os donos do mundo com uma guilhotina
O tempo que me dão p'o som é um minuto e trinta (Só!?)
E eu vou de improviso mano

[Refrão]
Nesta atmosfera hostil, se isto acusar
Desconfiança na balança em clima pesado
Sem tensão na intenção, se isto acusar
Desconfiança na balança, clima pesado