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[Introdução: De Menos Crime]
Bum bum... Pelo jeito vai chover
Bum bum... Pronto pra estragar o rolê
Bum bum... Por aqui Zona Leste, Oeste, investe
Venha de rap...
Pow-pow-pow chegando!
É muita treta!!!!
[Verso 1: Helião]
Quem diria, correria gerou uma família
Então somou DJ Cia mais Sandro parceria
Família RZO nem pior e nem melhor
Falando tudo que pensa na responsa, humilde que só
É melhor seguir em frente sim, deixou vários manos
Que falando um montão, situação ficando séria sim
Respeita, não enfeita, se merece arrebenta
Sim, os manos não comenta, mas os mano não é besta
Nos Estates foi assim, hoje já morreu uma pá
Um grupo batalhando, tendo a chance de gravar
Isso é uma benção de Deus, eu vi Consciência nascer
Honrou o bagulho, deu até pra ver
Periferia sempre, mano te pira consciente
Se é isso que queres, então vem que vem
São mais que ninguém
Humildade, igual mano meu, Sabotage
Agradecemos a Deus, pois o rap não é viagem
Assim que é na fé, assim que é de pé
Ae, assim que é na fé, assim que é de pé
Se o rap for mais consciente conquista o Brasil
Pois não somos mais moleques, Zona Oeste tá a mil
Ladrão, precisamos de mais união
Se não vai sofrer
Não pode virar zona se não os careta vai dizer
Que é culpa da maconha e os homi tem que prender
Vai se fo....
Vamo erguer a bandeira do saber
Assim que é, playboy otário não ri da minha cara
Eu valorizo minhas palavras e mando a rima para os caras
Assim que é, favela ta na fita então bota fé
Assim que é, chega WGI na fé
[Verso 2: WGI]
Vou por a pólvora na fogueira pra ver o barato acontecer
Mandar pro ar, fazer a poli recuar
O chão treme quando a união é perfeita
Olho por olho, dente por dente, as carta na mesa
Acredito na palavra que não faz curva
Sangue no sangue, chuto na cena, vai tá lá pra te proteger
Na fé vou ver o hip-hop seguir assim
Não é cara sobre ti, não é pra mim
Faço parte da família que incendeia o cenário
Público envolvido no repertório, camarim muvucado
A revoada chega, periferia se concentra
RZO, CH, DMC arrebenta
Deixo apetite para matar o irmão do lado
Infesta a opinião para revidar contra os soldados
Por si sozinho rap já é imbatível
Unido fodeu, muda a rota da Terra
Salve periferia, salve pros manos atrás da cela
Salve mãe, favela envolvida até o espírito com ela
Na missão da guerrilha e preparado pra rimar
Minha banca apronta de novo, é a hora pra chegar
[Verso 3: Sandrão]
Primeiro analiso, depois confirmo
Se é de bom proceder faço o uso e não economizo
Respeito é aquilo, ligo agora sem demora
Veja, essa é a hora, bora, morô? Mora
Melhor que fique atento na ideia e não no tempo
Pois hora disse antes que partisse
Que tipo cabra cega nego atropela
Deixa sequela se sobrevive
Os olho de Tandera dá mó goela e não resiste ao crime
Que aqui impera, se é dois mil grau é de favela
Preço do tropeço, se marcar, sangue nas vielas
Sem desistir, sobrevivi, olho vivo aqui
Veja lá, aí, pode achar o inferno ou o céu
É como disse (?), falhou é réu, bléu, beleléu, não vai pro céu
A vida não é doce como mel
O que não deve é se gastar o que não pode
E que nos julguem, ninguém é o que convém
O cérebro sem grade, respeito é de praxe
Ser eleito agindo certo faz minar água do deserto
Vários maluco só, RZO, HC
Papo reto é rocha
[Interlúdio: De Menos Crime]
Ô, no gira gira do rolê
Se não tem proceder
Hum... Vai praiar, vai praiar, vai praiar
E vai deixar uma pá nervoso de verda-de
Furioso com a tempestade
Ná-ná-ná-ná-ná!
E na favela ou é (?) e não esquece
Oh-oh-oh-oh-oh!
É HC e RZO
[Verso 4]
A pura essência do veneno, favela cem por cento
O terror na linha da vida e da morte
Sufoco o mostro criado com muito rancor
Acelerando batimento cardíaco sem dó
Do doutor que nascer, borrou, não aguentou o vapor
Nem o arrasto da favela
Que solta o rojão e faz festa
Quando o rastro cinza cai no asfalto, vai na viela
Zona Leste, São Mateus, HC é muita treta
Zona Oeste, Pirituba, sem dó, cagueta dorme com o capeta
A cada levada tem sua batida
Cada revolucionário da periferia tem o seu estilo de vida
[Verso 5]
Vou que vou na trilha do gueto
Por onde eu passo eu sou mais um suspeito
Suspeito da cena que faz a revolução
No farol da cidade rumo ao sua mansão
Granada na mão, te pressionando, querendo cofre aberto
Joias, dólares, ouros, objetos, projetos valiosos
Planos ambiciosos, atento a qualquer movimento
Suspeito protegido por Deus que também protege os parceiro
Desde os guerreiros revolucionários
Nuca tô cavalo cavalo manchado sofredor
No cérebro a febre, no olho o veneno
Só falta o rancor que o sistema criou, criou
Atrás das grades, através das correntes
Coronhada no trem, Roda o tambor
Do oitão aniquilado no DP
O delegado opressor, pressão psicológica
Agressão ao cidadão comum considerado raça inferior
Me agredindo, forçando a assinar o BO 157 seguido de morte
Um latrocínio, um homicídio, crime hediondo
Crime doloso, detido como perigoso
É perigoso e põe em risco a vida da sociedade
Não mora as margens dela, favela
A polícia entra sem mandato pra atirar
Da tiro no seu cano e deixa seu barraco pro ar