I KOKO
Sandy
OQuadro
Sharon Jones & The Dap-Kings
Chico Buarque & Clara Buarque
ANAVITÓRIA
P!nk
Foo Fighters
Sam Smith
IZA & Rincon Sapiência
Alice Merton
Gotan Project
João Neto & Frederico & Simone & Simaria
Jammil E Uma Noites
Roupa a prova de agulhas pra boneco vudu
Gaiamum pro santo cevando na farofa de dendê
Caruru de terreiro pros nativos e pros forasteiros comer
Vela acesa pra poder ver os caboclos descer
Meu rap, a ladainha, minha preza, minha prenda
Vatapá transgênico a entidade rejeita na oferenda
Baiana malandra, rodando com saia de renda
Se for pra me impedir de tocar tambor, me prenda
Meu corpo fechado não quer dizer que eu sou tapado
Bola de cristal líquido não vai mostrar o meu passado
Erva solta natural é coisa de Deus
Amônia em bagulho industrializado é arte do diabo
Do lado de fora da igreja pregada no portão
Uma placa me alertando cuidado com o cão
Nenhum curso de alfabetização vai me ensinar a ler mão
Minha evolução eu busco agora não vou esperar outra encarnação
Tá amarrado em nome d’oquadro
Rimas mandingas cantigas pra espantar o seu mal olhado
Tá amarrado em nome d’oquadro
Pé de coelho, carranca, raggamuffin, patuá dente de alho
Tá amarrado em nome d’oquadro
Pé de pato, mangalô, na fé e no flow
A resistência do pai de santo contra o discurso do pastor
Mandinga na rima
Mc entidade espírita, quebrando mau-olhado, tá amarrado
Na mão um microfone, uma cruz e dente de alho
Preto velho sentado, sossegado, fumaça pro alto
Minha corrente é e sempre vai ser do bem
Positive vibration pra você também
Deus é o justo, o resto é vudu
Quem não for fiel
Vai de reto homem, que eu vou a torto e à direita
O nó cego tá dado no laço, jogado no espaço
A minha seita é o hip hop
Oferenda na encruzilhada, scratch e batucada aplicando eletrochoques
Os loucos estão soltos, moldados a ferro e fogo
Calça big e dreadlocks
Pai rans, pai jef, pai freeza e pai dimak, invocando novos toques
Universidade mística contra suástica, pela alma, nem clone nem plástica
Em beats de atabaque a minha rima flutua
Ideias que fazem ataque os seres de alma obscura
Que estão em toda parte e na multidão se mistura
E não entende a arte das entidades da rua
Meu nome em boca da sapo não vai encontrar
Carrego arruda na orelha pra me guardar
Folhas sagradas faço uso pra me libertar
De paciência e disciplina que vou me guiar