[Letra de "Sul" ft. Diurnê]
[Verso 1: Tom]
Margem Sul do rio Tejo
Hemisfério sul do planeta
Suliano até ao osso
Southside a minha praceta
Acostumado a estar em baixo
Literalmente
No verdadeiro sentido da expressão
Não é por ser cá de baixo que eu sou diferente
Mas alguns dizem que não
E alguns dizem que são
Mas não pensam, eu desisto
Não conhecem a expressão (eu penso logo existo)
Arrisquei tudo nisto para deixar um registo
E para que o meu traço não fosse mais um rabisco
Muita figura triste na frente de ataque
E o relógio dividido entre o tic e o tac
Público iludido que depende dum milagre
Tipo que tão à espera que o Éder marque
É empate se a vida é fodido é só empata fodas
Mares de rosas isso é na TV
Aqui há mares de brothers
Prontos para te verem furar as rodas
Virar as costas por gajas, notas
Noitadas, drogas
Porrada, mocas
Do nada acabas sozinho
Bem lá no fundo
E como é que voltas?
Sinto a revolta mano
Tenho a garganta desfeita de tanto gritar
E o meu polegar cheira borracha queimada
De tanto ir lá carregar
Colunas a arder? o mic a queimar
Fica tudo a ver eu vou só gravar
Vou fazer barulhar para partir tudo
Memo cá no fundo nós vamos trepar
E o caminho é a subir
Mas só a descer é que os santos ajudam
Ninguém vai fugir boy são tantos
Lutam num mundo que era plano
Hoje é redondo, não se iludam
Porque nem tudo deve
Ou pode ser aquilo que julgam
Aquilo que julgam
No sul não há espaço para errar
[Refrão: Diurnê]
No sul não há espaço para errar
Mas não é diferente do norte
Que queres encontrar
Eu tou forte e se a sorte deixar
Eu vou continuar
Sem nada para me derrubar
No sul não há espaço para errar
Mas não é diferente do norte
Que queres encontrar
Eu tou forte e se a sorte deixar
Eu vou continuar
Sem nada para me derrubar
[Verso 2: Diurnê]
Venho do deserto sombrio
De além texas MS localizado
Lado sul do rio
Terra onde quem não conhece e quem nunca viu
Contrace escreve produz e realiza um filme violento Tarantino
Golpes que cortam o destino
Num cenário vil
Macabro mergulhado em crime
Fodasse tem calma contigo...não exageres
Mostrem-se ao respeito
Porque se é para termos a fama
Se não for mostrado
Também teremos o proveito
Tenho MS cravado no peito
Debaixo desta carne
Com o meu sangue junto e misturado
E com muito orgulho de honrar as raízes
Nascido e criado
A cena é igual em qualquer parte
Ilha continente, bairro ou cidade
A forma como te apresentas em dobro
Será-te retribuído e dado rapaz tem cuidado
Não aprendas tarde, tens que respeitar
Para seres respeitado
No nosso pequeno mundo
União é a chave
Mano a mano lado a lado
[Refrão: Diurnê]
No sul não há espaço para errar
Mas não é diferente do norte
Que queres encontrar
Eu tou forte e se a sorte deixar
Eu vou continuar
Sem nada para me derrubar
No sul não há espaço para errar
Mas não é diferente do norte
Que queres encontrar
Eu tou forte e se a sorte deixar
Eu vou continuar
Sem nada para me derrubar