A cara da trafic, com a mala cheia de flagrante
É o sistema quem te rouba e não minha gang
Matando e se matando, acarretando chacinas
Acumulando contas pra pagar em outras vindas
Nós vai cobrar, e não te erra quando mira
Palmeado até de cima, por becos e esquinas
Quadrado formado é armadilha
Pra cú azul fudido encontrar o fim da vida
E se o sistema nega voz, que cortem sua garganta
Levam drogas em aviões mas não liberam aplanta
Favela é selva cinza, barricada e ponto 30
Cês faz parte do esgoto, Mas nós nasceu rataria
E agora não volta, tirão de meiota
Lá pra cima deles seja bope ou rota
To fazendo os vеrsos, To pagando as contas
E virando as costas pra quem for do contra
Meu corpo é fechado е eu sigo na sombra
Minha banca explode pique homem bomba
Como eu faço o din nunca é da sua conta
Observa ai que eu bato umas cotas
Se a rima é de alma é tudo que importa
Vendo mais poesia que tráfico coca
Não é possível que cês quer calar minha voz ( né não)
Ando lutando por tudo que acredito, só que na favela tá clima comum, bala voando, sempre um ferido, falsas promessas nunca são cumpridas como o prometido, enquanto corpos vão pra vala
Ser preto é motivo pra rodar na área
De fato que o arrego é bala, bala é bala de ak, é bala nos comédia que tentar calar, somos um enigma tentam nós decifrar, acostumado com a dificuldade e calamidade um tapa na cara da sociedade, favela
É selva cinza barricada e ponto trinta, cês faz parte do esgoto mas nós nasceu rataria, morrão tá mó lazer, colete, mira laser, tem g3 e tem meiota, bota a cara pra tu ver, mas o microfone que é minha arma, linhas eu disparo, caneta minha bala, diz que é bandido e tá
Fumando palha, to filmando e rindo só de arquibancada, acha que postura é só fechar a cara?
Feridas do tempo o hip hop sara, sai do conforto, não só fale, faça e no final de tudo levante às taças