Sonolência Eterna

[Verso]
Ouvi as paredes falarem
Pus Winehouse mais alto
Bebi licor de chocolate
E tentei a morte com tragos
Misturado a comprimidos
Sinto meu ar comprimido
Ninguém ouvirá meus gritos
Além das formigas no quarto
Um vendaval lá fora
Ouço fantasmas próximos
Noite nublada e sol no escuro
A lua aqui do alto observa
O adolescente de cama
Doente com os traumas e drama
Apagando os olhos em chamas
Um travesseiro encharcado
Em sonolência fecha os olhos
Sem condolência fala aos mortos
Avisa a chegada nos portões do inferno
Ou inverso ao qualquer dos dois eu imploro
Qualquer dos dois eu imploro
Qualquer dos dois eu
As onze com frio na barriga
Montanha russa
De face no chão se estica
A queda foi brusca
Vulto por [?]
No escuro me arrasto e resmungo invocando
Deus e o diabo nenhum dos dois se da trabalho mais
Sobrevivi eu e deus
Demônios, demônios