[Verso 1]
Quando o relógio rola
Para a noite ir embora
O cigarro evapora
Sem motivos para o deitar fora
Eu puxo e junto
Vem o impulso
Falsos discursos
No whisky abusos
Tornam me lúcido
Queria ser músico
E mais estúpido
Para ser mais fácil
Fazer-me de burro
Para ver que os olhos
Nunca vêm tudo
Que a sorte gira
Enquanto gira o mundo
No meu refúgio
Escuro cirúrgico
Velas acesas
Para camuflar o meu fumo
Devo mudar o meu rumo?
Tantos querem que eu me afunde...
Que só toco
Em cantigas que te confunde
Vivo como me assumo
Questões e costumes
Sem novidades
Que te tragam o do costume
Daqui cheira a ciúme
Tantos correm por nenhum
Param em todas
'Pa não passar de mais um...
[Verso 2]
Desde o início
Somos todos primitivos
Viver a julgar o próximo
Até se perder o juízo
Vida sem viver
É um conflito
Porque uns fogem dessa vida
Outros matam-se 'pa viver isso
É vigarice
É vulgar isso
Usar as lágrimas
Como o caminho
Para sacares sorrisos
Meu pensamento é bem distorcido
Sem encarar de frente
A mergulhar a mente em vício
O meu distúrbio
É sem assobios
Sou tio da minha crew
Não do meu público
Uns quantos únicos
Em cantos polidos
A gritar AMR
Cenários únicos
Pintamos muros
Criamos abusos
E o maior que tu viste
Chama-se Júnior
Atitude faz o ser
Tornar-se único
Tu encontra a tua
Esquece o bom senso
E o domínio público
Ser inimigo público
Formar opinião e tudo
Argumentar que chegue
Para tu enrolares o teu canudo
O buraco a meter...
Escolhe-o tu!
Fica a dica
Tácio!
ActivaSom
Sexto Sentido!