[Verso 1]
Coloriste a paisagem destes olhos deficientes
Construiste uma miragem com esses tijolos transparentes
Viste mais longe quando eu preciso de lentes
Foste precisa nos momentos em que era indeciso e tu não mentes
Quando dizes que 'tás a postos (Eu vi)
Beijaste-me e não tiraste os óculos (Eu senti)
Que aceitaste mais rápido a minha pessoa do que eu próprio (Então sorri)
Porque és o antónimo do ódio que eu guardo dentro de mim
Sei que é parvo ser assim
E eu estou farto de ser assim
Mas não saio desta casa onde cresci, onde nasci
Por favor, parte uma parte e leva-a sem receio
Prefiro ficar só e a metade, porque nunca me vou dar por inteiro
Ying e yang, eu vejo a preto e branco
Tinhas um jardim, puseste lá um banco
Disseste p'ra me sentar um instante
Encostaste-te ao meu ombro, eu fiquei imóvel e distante
Escrevi um poema sem pés nem cabeça e tive vergonha de o mostrar
P'ra este tema tinha versos na cabeça, mas não os vou cantar
Deita ao rio este copo meio vazio
Porque enchê-lo é um desperdício
E duvido que nenhum de nós se vai rachar
Isto vai dar em triângulo e não é equilátero
Entre tu, eu, e o meu lado macabro
Esse espaço onde me afundo
Profundo, obscuro e vago
Mas lá no fundo assumo que te espero no fundo do lago
[Refrão]
Yo! Chamo-te, vem ter comigo
A este sítio inalcançável
Não é nada aconselhável
Gritei sem voz e tu ouviste...
Não sei como fizeste
Mas a minha máscara derrete e eu fico livre
Mas é tão complicado lidar com a simplicidade
De dar e receber sentimentos de verdade
Esta troca não será equivalente
Mas espero aqui pelo momento
Em que possa compensar-te
[Verso 2]
Olha-me com aqueles olhos que prevêem desgraças
Não aches assim tanta graça a essas piadas forçadas
Pára!, porque eu não tenho troco p'ra isto
Repara: vou ter de dar o dobro p'ra isso
Mas eu passo a vida com a ressaca e sem recobro previsto
Meti-me nisto, agora sou o quisto que mina a relação
Eu se conseguisse dava-te a perfeição
Mas a minha génese é ténue
Sou inconstante, é uma constatação
Não é défice de auto-confiança, é excesso de auto-conhecimento
Mas eu preciso de ti, como um moinho do vento
Mas nunca vi um moinho a prestar agradecimentos
E a maioria estão abandonados
Apesar de rodarem eternamente
Eu sou assim: estúpido
Falo demais e passo pouco tempo lúcido
Frases banais não fazem de mim um rústico
Mas eu digo que não és tu, sou eu
Isto já não é cliché, isto é abuso
[Refrão]
Yo! Chamo-te, vem ter comigo
A este sítio inalcançável
Não é nada aconselhável
Gritei sem voz e tu ouviste...
Não sei como fizeste
Mas a minha máscara derrete e eu fico livre
Mas é tão complicado lidar com a simplicidade
De dar e receber sentimentos de verdade
Esta troca não será equivalente
Mas espero aqui pelo momento
Em que possa compensar-te
[Verso 3]
Não mereço este conforto e mereço ser confrontado
Mas adoro o conforto
Vem ver a paisagem deste lado
Não digas que queres saber no que é que eu estou a pensar
Não precisas de saber para me perceberes
Eu preciso de esconder para te amar
Engana-te p'ra teu bem
Engano-me p'ra meu bem
Diz que isto correu bem, diz que isto não morreu
Vem! ver com o que se parecem as nuvens deste lado
Vem correr neste prado
Que é meu lado bonito
Não ligues se em vez de calmo, 'tiver demasiado parado
Se tiver ignorado, é puro mal-entendido
Entre a minha mente e o meu corpo
Como se fosse fogo amigo
Insulto, magoo-te, respondo, grita comigo
Absolve o meu inimigo
Estou quase a ser absorvido
Quero dar-te o meu sorriso
Enorme, mas conclusivo
Está quase construído, está quase concluído...
Vou caprichar para te dar
O meu melhor sorriso
Sítio Inalcançável was written by J-K (PRT).
J-K (PRT) released Sítio Inalcançável on Wed Aug 10 2011.