Sinto

[Letra de "Sinto"]

[Intro]
Eu giro à volta dum mundo giro que roda
Fugindo à rota
Surge um caminho sugerindo derrota
Sou genuíno
Educando da génese pai até ao filho
Porque sem princípios
Sei que não vai ter um fim
Debate entre hemisférios do corpo
Não há mistérios
Histéricos à procura de respostas em ministérios
Procuro a identidade, o espelho mostra solidão
Procura a identidade na loja do cidadão

[Verso 1]
Eu procuro o meu expoente, duro
Ou transparente muro
O que tens por dentro
E vou escrevendo tudo
Vou descrevendo o recinto, moscas à volta do que sinto
Como moças à volta de absinto roxas
Sinto que as coisas mudam mas não sem uma taxa
Pensas out of the box
E não mandas uma para a caixa
Não paras para pensar que é errado
Pode ser engano no bairro podes ser irmão
No mundo podes ser humano

[Refrão]
Sinto-me um mudo a dar o berro mais alto
Sinto que tudo o que faça vai sempre faltar mais algo
Sinto-me um mudo a dar o berro mais alto
Sinto que tudo o que faça vai sempre faltar mais algo
Sinto-me um mudo a dar o berro mais alto
Sinto que tudo o que faça vai sempre faltar mais algo
Sinto-me um mudo a dar o berro mais alto
Sinto que tudo o que faça vai sempre faltar mais algo

[Verso 2]
Sinto-me um mudo a dar o berro mais alto
Sinto que tudo o que faça vai sempre faltar mais algo
Diz-me o que sentes, sim tu notas que sinto
Sete notas que trocas por sete notas de cinco
Importas-te?Sim
Quando se trata de exportação
E cagares em toda a gente quando já tens reputação
Somos um milhão humilhado mudo
Mundo melhor não é questão
Quando todos se julgam o melhor do mundo
Não me sinto melhor
Eu sinto-me humilhado
Ou melhor, sinto-me um milhar
No meio da cidade barulhos rostos trancados por tédios
Altos prédios trepados dão altos prémios (e eu desespero)
Abres o jornal, credo!
E os gajos publicam ingressando
Em algo mau ou alguém que nade entre sangue
Nada interessante
Para os olhos do pessoal porque é só treta
Então renovamos marca branca
Porque no mercado a cena está preta

[Bridge]
Sinto que o que sinto me acalma
Sinto medo quando sinto vento na cara
Eu sinto que quando me sento acaba
Sinto que quando sigo uma cabra cedo
Sinto que já não sinto quando o absinto acaba cedo
Sinto que sentes o mesmo que senti
Sinto que vês-me, sinto-me vesgo sem ti
Senti que os sentimentos não eram cintilantes
O que eu senti contigo sim foi algo que nunca senti antes
Eu senti o teu calor senti frio senti que me abrigaste
Senti que deiva ter agradecido sim tu
Mas senti que me obrigaste
Senti-me numa rota, sem sentido
Uma derroca, sensei tive uma derrota
Sei sentir
Sinto, sinto, sinto, sinto, sinto sim tu