SÍNDROME DE PROTEUS

[Letra de "SÍNDROME DE PROTEUS"]

[Verso 1]
Eu estou com a mesma cara, passe o tempo que passe
Face no meio da jornada - faço para sentir peso do meu traço
Folhas viram chamas - são profanas no compasso
Mano eu passo... escrevo até aguentar canetas de aço
Eu não paro. Não fiques á espera que me venda
Se quiseres ficar à espera aconselho-te a esperares sentado
Não fico à espera que me entendam, não há ninguém que me entenda
E perceba o que tenho aqui passado
Eu fui da rua para o quarto, do quarto para o 4º (4th Wall Studios)
Do 4º para o palco, do palco fui de volta para o 4º
Isto é, tudo um ciclo que vira sitío agregado
Faço porque eu quero e não é que me sinta obrigado
Mas faço porque sinto, emerjo da minha lápide
Eu vou cuspindo como se encarna-se numa áspide
Andando mesmo imóvel - o segredo não está no rápido
Mas no prático e naquele que se direciona - tático
Fácil. Não me vês a subir às cavalitas
Só elevo o meu ego quando me acompanho de batidas
E em relação aos meus ouvintes, acredito que sejam astutos
Já estou tipo o Saramago eu não sei escrever para putos
Não te eduques que não é preciso... Eu tive a minha escola
Aulas são na rua, aqui quem chumba corre pelas gretas
Vedetas são vendadas, a verdade só controla
Cabeças que abençoadas vão correndo pela nota e eu não paro

[Bridge]
Cabeças vão ardendo nestas bandas
Tive que voltar para cavar mais umas campas
Cabeças vão ardendo nestas bandas
Tive que voltar para cavar mais umas campas

[Verso 2]
Eu tenho uma coleção de ervas daninhas
No meu quintal, mas eu vou limpá-lo acreditas?
Pode demorar - assim educado de obriga
Se queres a minha educação primeiro vai conhecer o Guigas...
Fica. Rimas são uma sátira
Flow é Nostradamus e eu sei que nós tardamos nesta máquina (Música)
Aquilo que eu prevejo vira tinta nesta página
Com gafes - Aves que libertam esta pátria
Gente que não interessa, é gente que não me interessa
Quantos esperam a minha queda para me puxarem o tapete...
Gente que não interessa, é gente que não me interessa
Mas eles esquecem-se que o KYRA aqui não vai cair cedo
Eu não cedo, se tombas acredito
Que percebas que no game não tiveste lugar cativo, mas tropa eu percebo
Que queiras um inimigo como eu porque sabes que te inibo sempre que tiver de ser
E eu percebo... Quem diria que subia ao palco e via
Que os frutos do meu trabalho são alimento para a freguesia
Eu sabia, (com foco e determinação)
Que entre o KYRA e outro qualquer não há comparação

[Bridge]
Cabeças vão ardendo nestas bandas
Tive que voltar para cavar mais umas campas
Cabeças vão ardendo nestas bandas
Tive que voltar para cavar mais umas campas

[Refrão]
* Sátira *
Porque eu estou de volta às ruas
Porque eu estou de volta às ruas
Porque eu estou de volta às ruas
Com grana na minha carteira
Tu avisa a minha parceira

Que hoje eu estou de volta às ruas
Hoje eu estou de volta às ruas
Hoje eu estou de volta às ruas
Com grana na minha carteira
Tu avisa a minha parceira
Que hoje eu estou de volta às ruas