Sem Espaço

[Intro: Pete Mcee]
Pra quem pensou que nóis tava sumido, tamo de volta

[Verso 1: Pete Mcee]
A cada passo, sobrepasso, a cada traço de compasso
É o que eu faço, o que desfaço, de tempos que vem e vão
Cada sorriso uma expressão, nem sempre de coração
Tempo passa, tudo passa, a não ser minha inspiração
Sinto o travesseiro, nada penso se repenso que
Lamento com o vento que passa e dentro do possível sustento, e
Armado, bebendo, pesado, sedento de fato, comida no prato
Me supere se pode, as vezes cê força a cota, se fode no fim
Não vou lançar um som feliz pra agradar a multidão
Vou lançar o tom que toca dentro do meu coração
Medo foca na miopia que te afoga, dia a dia
Nem pensa, e não sobra espaço pra alegria
Não vim pagar de coitado, longe disso
Eu vim é te mostrar a importância de um sorriso
Pedradas atiradas te fazem perder a calma
Só pedrada aqui gravada, atirada pra atingir a sua alma

[Verso 2: Victor Moura]
Muitos dizem ser do rap, do lado hip hop
A serpente que rasteja, a zona sul, a zona norte
De grande porte a sabedoria
Só quem sai do nada sabe o que é correria
Como diria o velho sábio
Que carrega na mão o antigo escapulário
A caminho de um santuário
Nunca negue a verdade, viva da realidade
De tudo que cê fala, cê não faz nem a metade
Pense tudo e repensa, a cada dia cresce a fenda que se emenda em cima da sua lenda
Inventa mil razões para crescer antes de perceber
Que a razão do seu declínio é você
Para um segundo pra pensar
Um maço de vergonha pra quem só pensa em sonhar
Só enxerga a qualidade, não percebe os defeitos
Choque de realidade, o pensamento rarefeito
E cada dia pede arrego achando que tem moral
Pede grana pro pai e vai pagar de marginal
Toda hora é tudo igual, procura o que é perfeito
Tenta ser eleito por um ato sem efeito
Não para o contrário, defeito
No crime um sujeito, passa por bocas um disparo, é
Faça direito, antes de abrir a boca
De tanto que cê fala tua voz vai ficar rouca
De nada aqui cê faz, tua mente continua oca
Essa banca não tem vaga, vai procurar por outra
(Desconsciente)

[Verso 3: Skraba]
Cada verso recitado me eterniza igual vinil
Viciante tipo crack, radioativo (Chernobyl)
Sempre assim, sempre assim, um dia chegamos lá
Subdesconsciente, Pete, Skraba
Vou por só movimento dedicador, flow e talento
Concreto igual cimento, não quero relógio, eu quero tempo
Os comédia eu arrebento com os mano no fechamento
Joga mais peso, eu aguento, sem me perder, continuo e invento
Freestyle em qualquer momento, nem vem me tirar pra jumento
Playboy pedindo grana, lazarento, o que eu prezo é o conhecimento
Querem din, faço: "vish, vão pedir para os seus pais"
Sou pagador de promessa com habilidade dos samurais
Sociedade corrompida onde os direitos são desiguais
Estudo, componho, respeito, honro os meus ancestrais
Negro, branco, pardo, rico, pobre e classe média
Eu valorizo os humildade e extermino os comédia