Oi quem vem lá sô eu
Quem vem lá sô eu
A cancela bateu, u'a voz respondeu
Cavalerô sô eu
Ê boa noite meus sinhô
Peço licença para um cavalerô
Eu venho de altas serras
E dou meu nome caboclo guerrerô
Eu venho de altas serras
E dou meu nome caboclo guerrerô
Eu venho de longe
Sem conhecer ninguém
Quero colhê as rosas
Que na roseira têm
Venho colhê as rosas
Que na roseira têm
Iê!
Ê boa noite meu povo todo
Boa noite meu pessoá
Ê boa noite meu povo todo
Boa noite meu pessoá
Boa noite pra quem chegou
E boa noite pra quem chega
Sinhá, dona da casa, boa noite, boa noite, boa noite
Sinhá, dona da casa, boa noite, boa noite, boa noite
Ê boa noite amigo, colega
Você não me nega que eu cheguei agora
Você só melhora mudando de estado
Como tem passado a sua senhora
Ê boa noite meu povo todo
Boa noite meu pessoá
Boa noite pra quem chegou
E boa noite pra quem chega
Eu vim passando pela mata do Amazona
Como vai, como passou, sinhá dona
Deus lhe dê boa noite, dona
Eu vim passando pela mata do Amazona
Como vai, como passou, sinhá dona
Deus lhe dê boa noite, dona
Deus lhe dê boa noite, dona
Boa noite deus lhe dê, ô sinhá dona
Coco verde e melancia, catolé da barra grande
E eu vou chegando aqui
Mas tenho uma saudade tão grande
Aiá, vem ver
Vem ver, iaiá
Aiá, vem ver
Vem ver, iaiá
Aiá vem ver a sereia lá no mar
Ô, iáiá vem ver
Aiá, vem ver
Vem ver, aiá
E a rosa vermelha é o meu bem-querer
A rosa vermelha e branca eu ei de amar até morrê
Minha sabiá, minha zabelê
Minha sabiá, minha zabelê
Toda meia-noite eu sonho com você
Se você não acredita
Eu vou sonha pra você vê
O pé da roseira murchou
E as flores caíram no chão
Quando ela chorava, eu dizia:
"Tá certo, Maria, você tem razão."
Essa ciranda quem me deu foi Lia
Que mora na ilha de Itamaracá
Essa ciranda quem me deu foi Lia
Que mora na ilha de Itamaracá
Eu estava na beira da praia
Ouvindo as pancada das águas do mar
Eu estava na beira da praia
Ouvindo as pancada das águas do mar
Essa ciranda quem me deu foi Lia
Que mora na areia de Itamaracá
Essa ciranda quem me deu foi Lia
Que mora na areia de Itamaracá
Aiá, vem ver
Vem ver, iaiá
Aiá, vem ver a sereia lá no mar
Ô, iáiá vem ver
O pé da roseira murchou
E as flores caíram no chão
Quando ela chorava, eu dizia:
"Tá certo, Maria, você tem razão."
Eu sei que quem ama, sofre
Eu sou o maior sofredô
Pois roubaram minha amada
Nunca mais ela voltou
Pois roubaram minha amada
Nunca mais ela voltou
Ô tiroléu, léu, léu
Tiroléu da Marieta
Que nós somos marinheiros
Dessa Nau Catarineta
Ô tiroléu, léu, léu
Tiroléu da Marieta
Que nós somos marinheiros
Dessa Nau Catarineta
E eu vim do mar da Bahia
Nós viemos de aleimar
E eu vim do mar da Bahia
Nós viemos de aleimar
Santo Antônio me ajudou
E deixou as água rolar
Ô tiroléu, léu, léu
Tiroléu da Marieta
Que nós somos marinheiros
Dessa Nau Catarineta
E salve a Bahia de todos os santos, salve todos os santos da Bahia!
[?]
Ionoré aquiri joa
Ari bobô, karê
Ogunhê, karê
Ogunhê
Ogunhê, karê
Karê, sexá
Ogunhê, karê
Karê, sexá
Ogunhê, karê
Karê, sexá
E katabê, ielecê
Ielecê, Iemanjá
Katabê ielecê awoió
Ioroci Iemanjá, karê
[?]
Adeus, adeus
Boa viagem, eu vou me embora
Boa viagem, eu vou com Deus
Boa viagem, Nossa Senhora
Boa viagem, adeus, adeus
Boa viagem, eu vou me embora
Boa viagem, eu vou com Deus
Boa viagem, Nossa Senhora
Iaiá viva meu mestre
Ê, viva meu mestre, camará
Menino, salve a capoeira
Iê, salve a capoeira, camará
Ai, ai, aidê
Joga bonito que eu quero aprendê
E a canoa virou marinherô
Oi, no fundo do mar tem dinherô
Seleção de Folclore (Cirandas, Sambas-de-Roda, Nau Catarineta) was written by Dominio Público & Naná Vasconcelos.
Seleção de Folclore (Cirandas, Sambas-de-Roda, Nau Catarineta) was produced by Pierre Barouh.
Naná Vasconcelos released Seleção de Folclore (Cirandas, Sambas-de-Roda, Nau Catarineta) on Mon Jan 01 1973.