SALTON

[Letra de "SALTON"]

(ya... eu nem sei se... meto alguma coisa aqui? ... bora! )

[Verso 1]
Goelas enterradas e eu digo-te o que aqui jaz
Fragmentos de baladas que já me trouxeram paz
No fundo cego do meu ser morcego eu pego
O egotrip mas nao tripo com o que o ego me traz

A cantar morto até que o meu pescoço fique mal enrolado
Verme de barcelos, o tal galego enforcado
Criado no tejo, por tais águas eu fui banhado
Das quais cristais o meu ser têm salgado

Em areia imerso com um terço inverso eu permaneço
Com o mesmo preço, não apreço o progresso
Isolado no processo em cada verso eu peço
Que ossos fracturados curem com excesso de gesso

Não faço isto pra ter likes e muitas calls
Faço para enriquecer no mic e ganhar muitos calos
2 caninos e 8 molares a partir e mastigar
A cuspir 45 diretamente dos maxilares

[Refrão]
São tantos barcos a navegar e eu em terra
Eu vejo muito para nadar, e eu em terra
Que safoda o vosso mar, eu tou em terra
Mas os que vierem ca parar um gajo enterra

[Verso 2]
Eu nunca fui direto, eu nunca fui correcto
Sou um anelídeo que desejou ter o pescoço recto
O arquitecto da estabilidade que nunca passou do projecto
O substrato é o meu lar, superficie é o meu tecto

Mais um Throw acabado, mais uma linha pra o cadastro
Ando a cuspir linhas fat, chama-me VORM boca de astro
Nós andamos pela estrada a vazar cans com jarda
Aqui o diabo usava prada mas tem noites que usa farda

Peso no mesmo dorso, peso no mesmo fardo
Este rio não corre doce, flui sede por este lado
Escavei o meu poço e quiseram me ver enterrado
Na minha voz carrego a pá, queres enterrar o sepultado?

Margem sul do Tejo, sangue azul de raiz lusa
Onde o rio é agitado fodi e afoguei a Musa
Perdi a creatividade ela agora é difusa
Safoda o rap tuga - Eu faço o que me mete tusa

[Refrão]
São tantos barcos a navegar e eu em terra
Eu vejo muito para nadar, e eu em terra
Que safoda o vosso mar, eu tou em terra
Mas os que vierem ca parar um gajo enterra