Sente o olhar de quem se sente só...
Um abraço ata um nó. Residente do redor
O sentimento faz morada e rege esse suor
Constante crise... Na falta do amor só sentem dó
Um quebranto de menor. Sem presente no futuro
Desafoga o nó do peito sendo parte do tumulto
No olhar gera insulto, quando a mente é precipício
O medo cresce... e torna o sofrimento vitalício
Miséria é a sensação onde a frustração nos guia
O que machuca nos domina. Tão intenso que vicia
É tão ruim quando o passado nos obriga a voltar
Tem coisa que só o momento justifica
Daqui, um tanto eu já chorei. O quanto me feri
Só de olhar pra trás para as pessoas que amei
Mas só que não falhei, nem transgredi no que eu senti
Na sincera, me calei no medo de me ver cair
Um motivo pra seguir: A paixão de quem se encontra
Eu vi que ser livre é fazer parte da redoma
Na zona de conforto e solidão transborda o coma
Como se vê no olhar de quem doma?
O amor é das crianças... Onde a pureza não machuca
Aonde tudo é nobre e as ações não geram culpa
Uma ruga, tudo muda... Mesmo assim me poli
E quando errei, eu sei, pois quando me matei eu te feri
E senti... E se o tempo e tudo ainda existe
O sentimento é além do tempo. E aqui dentro resiste
Não importa o quanto o choro em solidão em ti reside
Só perdõe... É o salto que liberta e nos redimi
E já por muitas vezes me senti assim
Sem tempo pra voltar, e longe de mim
Mas vi no olhar puro, nos confins de cada fim
Que eu sempre serei você, pois você é parte de mim
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Me dê a mão...
Só o perdão que nos renova, o cultive dentro do seu
Coração...
Pra que tudo faça sentido sei que devo transcender
A razão
Vô no caminho do meio que trilha o peito que ama
Redenção
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Assim os anos passam em vagões. Densos
Transportes cheios conduzindo solidões
Corações cansados de mais um dia a sós
Com as convicções que não se contam em cifrões
É gente no meio de tudo...
Sente igual você o abatimento e o descaso do mundo
Estando aqui eu percebi
Que a única saída é respeitar, amar e sorrir