[Verso 1]
Verdadeiro no bangue
As ruas sujas de sangue
Crianças passando fome
Fardado de monte
E camburão não se esconde
Televisão iludindo o povo que pede socorro
Quando aumenta a condução
Emprego falta nas ruas
E crime vem e recruta
Dá droga, arma e puta
Inimigos e juras
E mudanças, escuta
Sua mãe se preocupa
Vida louca e burra
Vivendo na madruga
Atribulado, pagando seus pecados
Pegando a visão do morro
E dos caras do outro lado
Desesperado
Pensando quando isso irá acabar
Que dia vai sair de casa
E arrumar algo pra trabalhar
Agora não dá
Tem que vigiar
Tem droga pra vender
E alemão pra cobrar
Tem filho pra criar
E contas pra pagar
Eu vou pedindo a Deus pra dessa vida ele me tirar
Enquanto ele não me escutar, a gente ó, vai cantar
O crime não vai parar
Se o usuário sobe o morro pra comprar
Demorô, seja bem vindo a Salvador
A terra que feita aqui igual a Bagdá
[Verso 2]
Licença, sangue
Contenção 33 no bangue
Rondesp vem forjar flagrante
É bater traficante
Lutar constante
Salvador caos, mangue de sangue
Polícia troca com assaltante e acerta estudante
Não se espante, madame
Menor tá cansado de passar fome
Pega PT, parte pro bang bang
O coroa da missão
A frente passa a visão
Ladrão na contenção
Pé no chão, canhão na mão
Lei da sobrevivência
Consequência, detenção, caixão
Cada biqueira uma resistência
O domínio de uma facção
Menos escola, mais viatura
Pra dar tema
Ibope é Bocão
População se revolta
Toca fogo em busão
É pisoteado pela Choque e manifestação
Menor de glock na mão
VT na movimentação do mensalão
Quantos irmão na detenção
Foi pra missão, foi pra gestão
Na intenção de por na mesa o pão
[Verso 3]
CTC, contenção
Segunindo na dispô com o berro
Atrás do meu na função
Ligeiro, daquele jeito
Não devo e não gelo
Sem dar goela pra pipoca
Tô cansado de preconceito, é foda
Meu truta, das puta
Que para as viatura
Aponta quadrada na cara do trabalhador
Diz que é marginal
Vem baixando o pau
Dá bicuda, fantada
Murro na cara, julga
Planta um quilo de coca
Pra você levar a culpa
Assuma, é o que eles diz
Age na malícia desse jeito
Moscou, piscou
Virou notícia
Se liga, atividade na esquina
Bombeou o gueto, mina
Sempre na ativa
Os home quando desce na favela
Mete bala em quem eles quer
Mas pega em quem não quer
Ne uma criança que tinha uma esperança
Pela frente, que sonhava ser doutor
Mas naquela tarde que saiu da escola tomou
Um tiro na cabeça, perto de casa
Sem vida útil pr'um moleque que sonhava
Malditos policiais de farda
Ruas Sujas was written by High CTC33 & Dark MC & Torre.