Detentos do Rap
Detentos do Rap
Detentos do Rap
Detentos do Rap & Eduardo Taddeo
Detentos do Rap
Detentos do Rap
Detentos do Rap & Dum-Dum
Detentos do Rap
[Intro]
Vai pensando que tá bom negô
Detentos do Rap 2010
Vai segurando
[Verso 1]
A inocência se perde no passar do tempo
E o aluno das ruas dita seus mandamentos
No excesso do beck, taques, baque, crack
Playboy frente a frente, boy não reage!
Rede Globo, Tela Quente fonte de inspiração
Aquele moleque das ruas de terra de nove milimetros na Mão
Sobreviveu varando duras madrugadas
Hoje é algo do meio, barra pesada
Dona Maria tiazinha de periferia
Entristecida com a cria ao mesmo tempo sorria
Um sonho de casa própria geladeira
Microondas e um carango na porta
Uma conta recheada no banco do Itaú
"Playboy, playboy
Playboy, playboy
Playboy, playboy
Vai tomar no cú"
Aquele moleque das ruas de terra, agora é o cara
Até os boys cresce o olho na sua caranga importada
Roubo de carga, assalto a banco, tráfico de drogas
Roleta russa, pixucão, passou na prova
Aquele moleque das ruas de terra conquistou seu lugar
No mundo do crime é de se esperar
[Refrão]
Vi um moleque assustado correndo na favela
Mas sou feliz, por que também faço parte dela
E o playboy folgado, sorrindo da janela
Aqui quem fala é mais um sobrevivente
Das ruas de terra, ruas de terras
[Verso 2]
Playboy, playboy
Nem tá ligado como é difícil
Pra comer, pra vestir catando lixo
Vê minha coroa o dia inteiro ajoelhada
Pedindo pra Deus pra que alivie essa cruz pesada
Espere aí, escute aqui, ideia vai, ideia vem
Se a ideia é essa mesmo irmão então eu vou mais além
D. Maria, tiazinha simples e reservada
Se humilha lavando a roupa da playboyzada
E quantas vezes encarando o dia no lixão
Pedindo pra Deus para que o marido sai da prisão
Enquanto não acontece o moleque cresce
Vivendo a realidade que muita gente esquece
No meio de prostitutas, traficantes e ladrão
Conhece as ruas como a palma da mão
Aos 11 anos formado ladrão de toca-fita
Aos 14, assassino de polícia
Aos 18 perito geral, ladrão de banco
Sequestrador profissional
[Ponte]
"Hoje minha coroa não sofre
Comemos do bom e do melhor
Temos uma conta salário
Uma cobertura na morada do sol"
[Verso 3]
Aquele moleque das ruas de terra agora é o cara
Neguim cabuloso, crime da mala
Um belo dia frente a frente, patrão e ladrão
Queima de assalto, cai pra dentro
Sacode a mansão, enquanto o playboy gelado
Tirava do bolso um rolex
Aquele sorriso na mente do pivete
Fez, voltar atrás, rever o filme de novo
Só que sem maquiagem ao contrário
Da Globo, sem bala de festin
Sem efeito explosivo, sem playboy pra sorrir
No final do filme e a vagabunda amordaçada
No meio da sala com um cadáver
Forrado com joias raras
Playboy, playboy
Ri agora e chora depois
Sem dinheiro, sem joias a morte ri pros dois
Um, dois, um, dois evaporei, sumi no ar
Um sorriso do boy eu acabei de rancar
[Refrão]
Vi um moleque assustado correndo na favela
Mas sou feliz, por que também faço parte dela
E o playboy folgado, sorrindo da janela
Aqui quem fala é mais um sobrevivente
Das ruas de terra, ruas de terras
[Verso 4]
Quer um exemplo verídico, eu vou te dar
Presta atenção no que agora eu vou citar
Aqui são fatos reais, da vida de cão
Não é o meu passatempo, rima ou ficção
Cotidiano violento, e de desigualdade
Capão Redondo, Jardim Angela
Goianases, Coabe 2, Itaquera, Francisco Morato
Ruas de terra! Favelas o crime fala mais alto
Se tem que ver o coro comer
Santa Catarina, Tiradentes, Mauá, ABC
Aquele moleque das ruas de terra, sobreviveu
Mesmo da pior maneira aos olhos de Deus
[Refrão]
Vi um moleque assustado correndo na favela
Mas sou feliz, por que também faço parte dela
E o playboy folgado, sorrindo da janela
Aqui quem fala é mais um sobrevivente
Das ruas de terra, ruas de terras
[Saída]
"Ahh, como uma fênix ressurgindo das cinzas
Certo mano?!
O juiz mais justo é o Tempo'
Ruas De Terra (REMIX) was written by Maurício DTS & Daniel Sancy.
Ruas De Terra (REMIX) was produced by DJ Dri.